A Cadeia Pública de Itapajé, contava com apenas um agente penitenciário no momento da rebelião que culminou com a morte de 10 presos dentro da unidade prisional. O espaço contava com 83 até o momento da chacina.
Conforme o delegado da cidade, André Firmino, membros de facções eram separados em celas, sendo duas para o Comando Vermelho (CV) e duas para o Primeiro Comando da Capital (PCC). Porém, durante o banho de sol que costuma iniciar às 8 horas, os detentos entraram em c
“É o momento mais delicado, o banho de sol deles, porque ficam todos juntos no pátio e é difícil segurar”, comenta Firmino.
De acordo com os primeiros detentos ouvidos pela polícia, a chacina desta segunda-feira não tem relação com as mortes em Fortaleza e Região Metropolitana. “Eles disseram que não têm ligação, inclusive disseram que não havia nenhum ‘salve’ dos líderes deles, não havia determinação neste sentido”, explica.
A cadeia da cidade contava com 83 presos e passou por uma vistoria há cerca de um mês. Na ocasião, foram encontrados celulares e facas. Já neste ano, uma tentativa de rebelião foi registrada, porém sem feridos. André Firmino acredita que as armas de fogo usadas para a chacina na unidade prisional entraram recentemente.
O delegado afirma ainda que a ação da polícia para tentar conter a matança foi crucial para que o número de mortos não fosse maior. No fim da tarde desta segunda, 42 detentos foram transferidos para Fortaleza, conforme informações da Polícia Militar, mas a unidade para o qual foram transferidos não foi revelada.
No último sábado em Fortaleza, 14 pessoas foram mortas na festa do "Forró do Gago", no bairro Cajazeiras. Pelo menos 18 pessoas foram atendidas em hospitais e cinco passaram por cirurgia.
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