Fortaleza. A Instrução Normativa Nº 11, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), publicada no Diário Oficial desta segunda-feira (22), autorizou a redução da dose da vacina contra a aftosa de 5ml para 2ml. Um dos principais objetivos na mudança será a injeção de menor volume de óleo mineral, com redução de reações.
Alguns países, como Argentina, Uruguai e Bolívia já adotam essa prática, com resultados satisfatórios, tanto em relação à diminuição às reações, quanto na preservação da potência da vacina. Em que pesem essas experiências, a adequação dos métodos de controle de potência e de tolerância que serão submetidas cada partida de vacina produzida, garantirão a eficácia e a segurança do produto, segundo as informações do Mapa.
O componente oleoso, que tem o objetivo de promover imunidade mais longa, seria um dos principais responsáveis pela indução de reações alérgicas.
Considerando a não ocorrência de focos da doença no País, desde 2005, e a tendência de suspensão gradativa da vacinação, a área técnica do Mapa concluiu não haver necessidade de utilização de vacinas que induzam resposta rápida, mas que assegurem a manutenção de resposta longa. Dessa forma, também foi alterada a avaliação da potência de cada partida de vacina de 28 para 56 dias pós-vacinação, para as vacinas já registradas, e a implantação da avaliação aos 168 dias pós-vacinação, além da avaliação aos 56 dias, para vacinas em processo de registro ou alteração pós-registro.
O teste de tolerância é realizado por meio da vacinação de um grupo de animais e posterior observação no local da aplicação, de eventual ocorrência de nódulos, os quais devem ser mensurados. A metodologia atual prevê a vacinação via intramuscular profunda que, por essa razão, não possibilita uma visualização adequada de nódulos, nem permite medição de forma adequada. A mudança para a via subcutânea permitirá uma avaliação muito mais eficiente.
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