cada movimento de Camilo Santana e Eunício Oliveira reforça a perspectiva de um acordo entre as duas principais autoridades do Ceará, no momento, com vistas às eleições deste ano. Desta vez, o que os uniu foi o agravamento da crise da Segurança Pública no Estado, por conta das chacinas do fim de semana passado, que acresceu em mais de vinte mortes as estatísticas da violência deste início de ano. Camilo precisa do Governo Federal, não tem como enfrentar o crime organizado sozinho. Eunício abriu as portas do Planalto pra ele. Mais que isso, reforçou para Temer a necessidade do apoio federal. Neutralizando, assim, a reação dos ministros Carlos Marun e Torquato Jardim, que haviam criticado o fato de o governador atribuir ao Governo Federal parcela de responsabilidade pelo que vem acontecendo.Para a oposição estadual, esse entrosamento entre o governador e o presidente do Congresso é caminho sem volta, Camilo e Eunício devem mesmo marchar unidos no pleito que se avizinha. E com a recusa de Tasso Jereissati e Capitão Wagner, os dois nomes da oposição mais bem situados nas pesquisas, de se candidatarem a governador, vai ficando cada vez mais asfaltado o caminho da reeleição de Camilo.
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