quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018

Espada, facas e celulares são apreendidos na Pirc


Além da espada, foram retidas 64 facas artesanais, 22 aparelhos celulares, 27 carregadores, além de bebidas, fogão artesanal, fones de ouvido e baterias
Na tentativa de evitar tragédias como a registrada há pouco mais de uma semana, na Cadeia Pública de Itapajé, quando 10 internos foram mortos, uma vistoria foi realizada, na manhã de ontem, na Penitenciária Industrial e Regional do Cariri (Pirc), conhecida como 'Tourão', localizada em Juazeiro do Norte. A quantidade de objetos ilícitos encontrados no local surpreende, bem como a natureza de um dos itens retidos: uma espada.
Segundo a Secretaria da Justiça e Cidadania do Estado (Sejus), durante a vistoria feita nas quatro vivências da unidade prisional, agentes penitenciários e policiais militares apreenderam, 65 facas artesanais, 22 aparelhos celulares, 27 carregadores, além de bebidas, fogão artesanal, fones de ouvido e baterias.
A ação também resultou na transferência de cinco detentos. Ao fim da inspeção, o grupo foi encaminhado para unidades da Região Metropolitana de Fortaleza. Conforme apurado pela reportagem, atualmente, a Pirc concentra presos da facção Guardiões do Estado (GDE).
O presidente do Sindicato dos Agentes e Servidores Públicos do Sistema Penitenciário do Estado do Ceará (Sindasp-CE), Valdemiro Barbosa, afirmou que a vistoria foi uma solicitação dos agentes da região. Barbosa ressalta que, com o atual efetivo de servidores, é impossível reverter a má situação das penitenciárias. "Com um bom número de agentes penitenciários podemos manter o controle a segurança das cadeias e presídios. Esse vasto material ilícito poderia causar um evento trágico. Temos um concurso em andamento com mil vagas para agentes, mas esse quantitativo não é suficiente. O déficit de três mil agentes. Quem comanda o tráfico no Estado e dá ordem para chacinas está dentro das penitenciárias e isso precisa ser combatido", afirmou.
Indústria
O presidente do Sindasp pontuou que o projeto da Pirc incluía o funcionamento de indústrias dentro da unidade, porém, devido à insegurança no prédio, não há mais nenhuma firma funcionando há, pelo menos, um ano: "Atualmente, a Pirc tem uns 720 presos. Sendo que a capacidade lá é para 513. Esses espaços onde funcionavam as indústrias estão vazios. Não tem nenhuma que queira se instalar lá", disse.

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