Sobral Há poucos dias de se encerrar, abril, já representa para o cearense, o mês que superou as expectativas de chuva, quando comparado ao mesmo período do ano passado. De acordo com os dados parciais da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), as precipitações alcançaram 10% acima da média habitual para o mês, e, apesar da notável baixa nas precipitações no Estado, ao longo das últimas semanas, as chuvas ainda se fazem presentes em várias regiões. Elas fizeram com que hoje tenhamos 18 açudes sangrando e dez acima dos 90%.
Das 7 horas de quarta-feira para as 7 horas de ontem, os maiores índices não passaram de 25 mm, conforme a lista das dez maiores chuvas do dia, representadas pelos municípios de Bela Cruz (25 mm), São Gonçalo do Amarante (23 mm) e Araripe (16 mm). Essas precipitações em nada se parecem com as do início do mês, que trouxeram alagamentos e enxurradas para algumas regiões.
Retorno
Conforme a Funceme, apesar das áreas de instabilidade que formam as chuvas estarem próximas à Costa Leste do Nordeste brasileiro, a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT), responsável pelo fenômeno, continua afastada de nosso setor, desde o último dia 24. Situação que tende a mudar, de acordo com informações do meteorologista da Funceme, David de Ferran.
"Esse padrão observado nos últimos dias, do afastamento da Zona de Convergência Intertropical, que propiciou essa redução na quantidade de municípios com chuva, deve mudar, ao longo da semana. A expectativa é que, entre domingo e segunda-feira, volte a melhorar a quantidade de regiões com chuva", afirma o meteorologista.
As previsões para esta sexta-feira (27) apontam possibilidade de chuva no Litoral, na região Jaguaribana, no Cariri, na Serra da Ibiapaba e também no Maciço de Baturité.
Aportes
Apesar da redução das chuvas, os açudes continuam registrando aporte de água. Nessa quinta, 35 deles obtiveram mais um aumento em seu volume. O total foi de 9.882.277 de metros cúbicos, na quantidade armazenada, conforme dados do Portal Hidrológico do Ceará.
Os cálculos apontam que houve um aporte de 11.344.803 de metros cúbicos. Dos 18 açudes que sangraram no Estado, cinco pertencem a Bacia do Coreaú (Região Norte), a mais privilegiada, em se falando de chuvas e de cheias no Estado.
Os açudes Angicos (Coreaú), Diamantino II (Marco), Itaúna (Granja), Tucunduba (Senador Sá) e Várzea da Volta (Moraújo) estão com 100% de capacidade. Ao todo, a região Norte conta com 11 açudes com 100% de volume alcançado. Dos dez reservatórios que possuem volume acima de 90%, quatro são dessa região.
"Nossas bacias se encontram em situação bem melhor do que foi observado em 2017, sendo que a do Coreaú se encontra com mais de 90% de sua capacidade. Dos quatro principais reservatórios da Bacia do Acaraú, três já superaram o aporte do ano passado. Para nós é uma situação confortável, que já nos garante abastecimento humano e múltiplos usos da água, com economia, claro, para a próxima estiagem", comemora Bartolomeu Almeida, gerente da Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh) no Norte do Estado.
Outras bacias que se destacam são a Metropolitana, com quatro açudes sangrando, Batente (Ocara), Germinal (Palmácia), Maranguapinho (Maranguape), e Tijuquinha (Baturité); e a Bacia do Litoral, com três, Gameleira e Quandú (Itapipoca) e São Pedro de Timbaúba (Miraíma).
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