As chuvas registradas nos últimos meses principalmente nas cabeceiras de rios importantes como o Jaguaribe, Salgado e Cocó são motivo de alívio para o cearense, até porque potencializam maior aporte nos pequenos, médios e grandes reservatórios do Estado, em especial, nos 155 monitorados pela Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh). Entretanto, alertam estudiosos, é preciso entender que os rios não são apenas cursos naturais de água.
Eles também carregam grandes quantidades de sedimentos que arrancam de um lado e depositam no outro e são o substrato mineral de vida nas regiões que percorrem. Nesse sentido, aponta o geógrafo e integrante do Laboratório de Estudo Urbano e Regional/Observatório das Metrópoles, da Universidade Federal do Ceará (UFC), Alexandre Queiroz Pereira, a preservação desses recursos, imprescindíveis aos seres vivos, é urgente.
"Claro que o aumento da reserva hídrica é importante, mas recuperar esses mananciais que, em muitos trechos, estão sofrendo grave assoreamento e são vítimas do descontrole ou falta de saneamento básico das cidades, significa nosso futuro", analisa.
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De acordo com o especialista, em cada barragem que surgir entre o rio e o mar, uma porcentagem desses sedimentos ficará presa no concreto. Por isso, aponta, é preciso pensar em desocupações, implantação de redes de coletas de esgoto, reflorestamento, proteção da nascente e uma política de resíduos sólidos. "A recuperação da mata ciliar, por exemplo, é essencial. Sem ela, todo o percurso do rio fica comprometido. Existe um projeto para o Jaguaribe desde o ano passado no intuito de promover o reflorestamento da mata ciliar, ajudando a recuperá-la", diz. Fonte: Diário do Nordeste
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