Com
expressivo crescimento nos últimos cinco anos, o setor de rochas ornamentais no
Ceará espera ultrapassar a marca de US$ 30 milhões em exportações neste ano, o que
representaria um crescimento de 15% em relação 2017, quando o valor foi de US$
26,6 milhões, equivalente a 39,5 mil toneladas. Hoje, embora o Estado seja o
terceiro maior exportador do País, seu volume ainda é apenas uma fração do
volume enviado ao exterior pelos dois primeiros, o Espírito Santo exporta mais
de US$ 800 milhões e Minas Gerais, mais de US$ 200 milhões.
No
acumulado do primeiro trimestre deste ano, o Ceará exportou pouco mais de US$
7,1 milhões. "A expectativa é que neste ano o setor registre um
crescimento entre 15% e 20%", diz Carlos Rubens Alencar, presidente do
Sindicato da Indústria Mármores Granitos do Estado do Ceará (Simagran-CE). A
expectativa é que as exportações cearenses alcancem a marca de US$ 200
milhões/ano até 2021.
"É
importante ressaltar que há cinco anos, o volume exportado pelo Ceará era entre
US$ 12 milhões e US$ 13 milhões, mas com a realização da Fortaleza Brazil Stone
Fair, as pessoas do País e do Exterior começaram a saber que muitas pedras que
eles compravam pelo Espírito Santo eram, na verdade, do Ceará. E isso
contribuiu muito", diz Alencar. A edição de 2018 da feira será realizada
entre os dias 18 e 20 de Abril no Centro de Eventos do Ceará.
Além
do investimento em divulgação, por meio da feira, o setor de pedras ornamentais
é uma das grandes apostas do Governo do Estado para o desenvolvimento do
Complexo Industrial e Portuário do Pecém (Cipp). Segundo Alencar, há atualmente
cerca de 35 empresas do Espírito Santo que atuam no Estado na extração de
blocos de granito e quartzito, mas o número poderia ser maior se a Zona de
Processamento de Exportação do Ceará (ZPE Ceará) já estivesse apta a receber as
empresas.
ZPE
Atualmente,
há 19 protocolos de intenções assinados para instalação de empresas e cinco
projetos já estão em fase de modelagem. "Já tem duas empresas com endereço
criado dentro da ZPE, além das que estão em projetos de modelagem", diz
Alencar. "Mas é preciso que a ZPE agilize os processos para permitir a
instalação dessas empresas. Ainda falta fazer o cercamento, a área ainda não
está alfandegada. Hoje, há três ou quatro empresas que já poderiam estar aqui.
Então, entendo que deve haver mais agilidade".
Segundo
o secretário de Assuntos Internacionais do Ceará, Antônio Bahlmann, nos
próximos 15 dias, o governo deve enviar à Assembleia Legislativa a lei que
transfere a área de 150 hectares para a ZPE Ceará, onde ficarão as empresas de
granito. A partir daí será apresentado os projetos do alfandegamento. "A
previsão é de que até dezembro a gente conclua esse projeto", disse
Bahlmann, que deixou o cargo na semana passada para voltar à Câmara dos
Deputados e tentar a reeleição.
Em
março de 2017, a Thor Granitos, maior exportadora do Brasil em volume, passou a
atuar no Ceará, inicialmente no município de Santa Quitéria, mas com planos de
instalar outra unidade na ZPE. Hoje, a empresa exporta entre 450 e 550
contêineres de granito. Fonte: Diário do Nordeste
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