(Foto: Fabio Lima/O Povo) |
Diante
da greve de caminhoneiros e da crise de abastecimento no País, o pré-candidato
à Presidência da República, Ciro Gomes (PDT), criticou o presidente Michel Temer
(MDB) e o presidente da Petrobras, Pedro Parente, responsabilizando a política
de preços da estatal pela situação que levou ao bloqueio de rodovias no Brasil.
Ele defendeu a demissão de Parente e mudança nas regras atuais que reajustam o
preço dos combustíveis com base no câmbio e nos preços internacionais.
“Política
de preços no Brasil é uma fraude. A política do Pedro Parente e do Michel Temer
é uma fraude que basicamente fez uma Nação inteira refém, uma economia inteira
refém para beneficiar meia dúzia de acionistas minoritários”, comentou Ciro,
após participar de um almoço com empresários do Instituto Desenvolvimento para
o Varejo (IDV), na capital paulista.
Para
Ciro, o uso das Forças Armadas, anunciado pelo Governo, mostra que está “tudo
errado” na condução da crise. Ele acrescentou que a “predisposição do povo ao
autoritarismo” agrava a situação. “Para a economia, o efeito ainda é
irrelevante. O problema é o transtorno na vida do povo e a predisposição da
população brasileira ao autoritarismo”.
Criticando
o acordo anunciado na véspera pelo Governo, de ressarcir a Petrobras pelo
congelamento no preço do diesel, Ciro afirmou que a melhor negociação seria
demitir Parente e mudar a política da estatal. “Diante da greve, a única coisa
que tem que fazer é negociar. Agora, negociar significa demitir o Pedro Parente
e fazer a política de preço séria”. “O presidente da Petrobras não deveria nem
ter sido chamado, assim como Temer não deveria estar no Governo”, destacou.
“O
acordo que o Governo fez aperfeiçoa essa fraude na medida em que espera nas
costas do povo, pela renúncia fiscal absolutamente incabível numa hora difícil
como essa, uma solução que não resolve nada”, atacou.
O
pedetista propõe que os preços dos combustíveis sejam determinados com base nos
custos da Petrobras, na remuneração do imobilizado e em um lucro em linha com
competidores. O presidenciável afirmou que, “neste momento”, a única
responsabilidade pela crise dos combustíveis é de Michel Temer, poupando a
ex-presidente Dilma Rousseff (PT). “Ela não deixou essa política do Pedro
Parente se implantar”, afirmou. “Mas a política minha não é a da Dilma”,
ponderou, defendendo uma “matriz de custos absolutamente profissional”. Fonte: Agência Estado
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