Glauco Vieira trabalha com “fotografia alternativa”. O termo refere-se ao diálogo entre técnicas artesanais da fotografia analógica e digital. Na exposição “Des-olhados”, o autor utilizou a cianotipia, que produz imagens monocromáticas em ciano (azul). E também realizou dupla-exposição, método que faz imagens sobreporem-se.
A proposta do fotógrafo é apresentar imagens que tragam à tona novo olhar sobre a cultura urbana. “Evocamos os sujeitos invisibilizados nas representações hegemônicas da cidade”, explica Glauco. O uso da cianotipia possibilita ver “a realidade de outra forma, noutras tonalidades: fugir do real para revê-lo”, ele destaca.
Glauco Vieira vive no Crato (CE). Ele é fotógrafo e cineasta, com formação no Atelier da Imagem (RJ). É coordenador do Grupo Imago e professor do Curso de Geografia, ambos da Universidade Regional do Cariri (Urca). Desenvolve práticas em laboratório de fotografia Preto & Branco (P&B), de manipulação de fotoquímicos para os processos fotográficos de cianotipia, com sais de prata e com a combinação de sais de ferro e prata (Marrom Van Dick MVD).
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