Estoque se acumula nas indústrias de calçado de Juazeiro do Norte.
(Foto: Monike Feitosa/TV Verdes Mares)
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A fábrica PVC, por exemplo, liberou 65% dos funcionários porque não há material suficiente para trabalhar até o fim da semana. O setor é afetado pela greve dos caminhoneiros, que chega ao 10º dia com bloqueios em estradas do Ceará, impedindo o transporte de carga. A categoria reivindica redução do preço do diesel, que quase dobrou desde 2016.
"De quinta-feira passada pra cá, produzimos mais de meio milhão de pares de calçados e a preocupação só aumenta. Fábricas de pequeno, médio e até de grande porte já não têm mais espaço para guardar tanta produção", afirma Sampaio.
"Se a mercadoria está dentro da fábrica, quer dizer que estamos produzindo com matéria-prima do estoque de segurança, que também está acabando. Se nossa carga de insumos não chegar até o próximo fim de semana e não tivermos transporte para escoar a produção, a partir da próxima segunda (04), pode ter demissão no setor", alerta.
Cerca de 250 indústrias do Cariri geram aproximadamente 15 mil empregos diretos no ramo. A expectativa de um dos sócios da empresa é torcer pelo fim da greve dos caminhoneiros para que os insumos cheguem a tempo de retomar a linha de produção, que desacelerou nesses últimos dez dias.
A empresa que fabrica em média 18 mil pares de calçados por dia mal consegue fazer 12 mil pares. "Está difícil a situação dos empresários. Com nossa produção estocada dentro da fábrica é dinheiro parado, é prejuízo. Nós temos clientes esperando a mercadoria em outros estados do Brasil e até do exterior", explica Glaidston Lucena. Fonte: G1 CE
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