Reoneração atingirá diretamente na folha de pagamento no setor da região, diz empresário. (Foto: Reprodução) |
Trata-se da reoneração da folha de pagamento, que mudará o modo como as empresas repassam tributos arrecadados para o INSS. Com a nova proposta, a alíquota de 1,5% sobre o faturamento daria lugar ao pagamento de 20% em cima da folha de pagamento.
Para um dos maiores industriais no ramo calçadista em Juazeiro do Norte, a medida põe em cheque a sobrevivência do setor na região. Ele conta que a mudança poderá onerar sua folha de pagamento com 300 funcionários em pelo menos 60 mil reais.
Com isso, segundo o industrial que não quis se identificar, mais pessoas deverão ser demitidas para que haja um enxugamento da folha e consequente redução no pagamento proporcional no final do mês.
Assim como ele, diversos outros empresários do setor estão se mobilizando para que políticos em Brasília capazes de definir sobre arrecadação tributárias revejam a decisão. "Mais de 50% das fábricas fecharam na região, esta medida poderá prejudicar ainda mais o pólo calçadista no Cariri", disse.
Antônio Cledimilson é Presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria da região. Ele diz que em 2015 o setor empregava cerca de 12 mil funcionários, e que em 2018 este número foi reduzido pela metade.
ENTENDA
Como medida para reduzir o preço final principalmente do diesel, o Presidente do senado Eunício Oliveira (MDB) e o Presidente da Câmara Rodrigo Maia (MDB) anunciaram a retomada das tratativas sobre reoneração já na próxima semana.
A intenção é que a arrecadação seja direcionada na redução do PIS-Cofins sobre o diesel, medida que deverá interromper as manifestações de caminhoneiros que desde o início da semana bloqueiam rodovias principalmente no sudeste e sul do país. Fonte: Site Miséria
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