Oficinas
de criação estimulam estudantes a pensar
em necessidades e soluções para o
desenvolvimento de
novos negócios criativos e inovadores (Foto: Alex Pimentel)
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A cada encontro, uma
nova ideia, prática e útil. Utilizando as ferramentas certas, com um bom
planejamento, logo surgem soluções inovadoras, algumas para ficar e outras,
temporárias, atendendo a necessidades casuais. Essa é uma rápida descrição das
startups, empresas emergentes, com o objetivo de desenvolver um modelo de
negócio, para um produto ou serviço, tendo como suporte a Tecnologia da
Informação (TI). Elas estão se multiplicando no Interior do Ceará. Neste
cenário o Vale do Silício cearense, como Quixadá está se tornando conhecida, é
um dos destaques.
A Cidade conta com
importantes centros de formação tecnológica. Um deles está na Universidade
Federal do Ceará (UFC) e o outro na Unicatólica. Os jovens vão conquistando
conhecimento e, a partir dele, desenvolvendo suas ideias, e as transformando em
negócios.
Suporte
Equipes de diversas cidades do Estado, estão começando a buscar o seu espaço
no mercado. A Secretaria da Ciência, Tecnologia e Educação Superior do Estado
do Ceará (Secitece), em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e
Pequenas Empresas do Ceará (Sebrae-CE), está dando suporte a essas empresas
tecnológicas, por meio do Corredores Digitais, um programa considerado
inovador, o qual, segundo seus idealizadores, além de aperfeiçoar ideias e
projetos, proporciona grandes oportunidades de trabalho para os jovens
empreendedores.
Com o objetivo de
fomentar o empreendedorismo, o Corredores Digitais está contemplando jovens
empreendedores de todas as regiões do Ceará. De Quixadá, são 16 projetos; de
Juazeiro do Norte, 13; de Sobral, 12; de Tianguá, 10 e ainda 30 de Fortaleza.
Ao todo 100 projetos foram escolhidos, nas áreas da tecnologia, saúde, energia
e meio ambiente, entre outros.
Algumas startups
ganharam destaque pela consistência, ousadia de seus trabalhos e também pelo
benefício que seus projetos podem levar para a população.
Smart
Health
Um
deles é o Smart Health. A startup tem o
objetivo de desenvolver um dispositivo que auxilie no cuidado de pessoas
idosas. De acordo com um dos seus idealizadores, Diego Martins, a ideia surgiu
a partir da preocupação dos integrantes da equipe com seus avós e da paixão
pelos desafios da tecnologia.
O projeto iniciou com
o grupo de estudo formado por ele, Matheus Paixão, Kaio Igor, Alan Martins,
Douglas de Paiva e Tatiane Matias. Eles são de Sobral e cidades vizinhas.
A proposta foi
apresentada em uma startup weekend organizada pelo Sebrae-CE. Neste momento,
foi formada a equipe, dois deles de Sobral, um de Reriutaba e um de Guaraciaba
do Norte. Eles conquistaram o primeiro lugar Estadual da competição. Com isso,
a vontade de tornar a pesquisa em um negócio deixou de ser apenas uma ideia e
passou a ser possível. Por meio do Corredores Digitais, a equipe encontrou
meios de alavancar o seu negócio.
Hemogame
Noutra região do
Estado, no Cariri, outra equipe criou uma plataforma com o objetivo de ampliar
a rede de doadores de hemoderivados no Brasil, a Hemogame. Nela, os doadores
convidam amigos para a rede e validam doações nos centros de Hematologia,
acumulam pontos, que podem ser trocados em benefícios da iniciativa privada que
tem a responsabilidade social de apoiar a causa.
O custo para os
usuários é apenas a vontade de querer salvar vidas. Para as empresas, é
necessária uma participação no sistema de benefícios e uma mensalidade para
trabalhar o marketing social. Nesse modelo de negócio, a nação brasileira pode
ser beneficiada, até porque, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o Brasil
tem apenas 1,8% da população doando sangue, abaixo do recomendado pela ONU.
Além de ser uma forma mais prática e interativa de salvar vidas, já que várias
pessoas estarão conectadas, desbloqueando conquistas e recebendo benefícios,
ainda é possível localizar doadores compatíveis que estejam por perto, a partir
da criação de campanhas.
De acordo com a
acadêmica de Sistemas de Informação Valéria Brito, o projeto surgiu dentro da
sala de aula, por ela e os colegas, Thomas Lócio e Vinicius Batista. Um deles
trabalha no setor de Tecnologia da Informação de um hospital de urgência e
emergência, e vivencia diariamente a luta contra o desabastecimento dos bancos
de sangue. Fonte: Diário do Nordeste
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