sábado, 23 de junho de 2018

Negócios criativos estão despontando no Interior do Ceará


Oficinas de criação estimulam estudantes a pensar
em necessidades e soluções para o desenvolvimento de
novos negócios criativos e inovadores (Foto: Alex Pimentel)
A cada encontro, uma nova ideia, prática e útil. Utilizando as ferramentas certas, com um bom planejamento, logo surgem soluções inovadoras, algumas para ficar e outras, temporárias, atendendo a necessidades casuais. Essa é uma rápida descrição das startups, empresas emergentes, com o objetivo de desenvolver um modelo de negócio, para um produto ou serviço, tendo como suporte a Tecnologia da Informação (TI). Elas estão se multiplicando no Interior do Ceará. Neste cenário o Vale do Silício cearense, como Quixadá está se tornando conhecida, é um dos destaques.

A Cidade conta com importantes centros de formação tecnológica. Um deles está na Universidade Federal do Ceará (UFC) e o outro na Unicatólica. Os jovens vão conquistando conhecimento e, a partir dele, desenvolvendo suas ideias, e as transformando em negócios.

Suporte
Equipes de diversas cidades do Estado, estão começando a buscar o seu espaço no mercado. A Secretaria da Ciência, Tecnologia e Educação Superior do Estado do Ceará (Secitece), em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Ceará (Sebrae-CE), está dando suporte a essas empresas tecnológicas, por meio do Corredores Digitais, um programa considerado inovador, o qual, segundo seus idealizadores, além de aperfeiçoar ideias e projetos, proporciona grandes oportunidades de trabalho para os jovens empreendedores.

Com o objetivo de fomentar o empreendedorismo, o Corredores Digitais está contemplando jovens empreendedores de todas as regiões do Ceará. De Quixadá, são 16 projetos; de Juazeiro do Norte, 13; de Sobral, 12; de Tianguá, 10 e ainda 30 de Fortaleza. Ao todo 100 projetos foram escolhidos, nas áreas da tecnologia, saúde, energia e meio ambiente, entre outros.

Algumas startups ganharam destaque pela consistência, ousadia de seus trabalhos e também pelo benefício que seus projetos podem levar para a população.

Smart Health
Um deles é o Smart Health. A startup tem o objetivo de desenvolver um dispositivo que auxilie no cuidado de pessoas idosas. De acordo com um dos seus idealizadores, Diego Martins, a ideia surgiu a partir da preocupação dos integrantes da equipe com seus avós e da paixão pelos desafios da tecnologia.

O projeto iniciou com o grupo de estudo formado por ele, Matheus Paixão, Kaio Igor, Alan Martins, Douglas de Paiva e Tatiane Matias. Eles são de Sobral e cidades vizinhas.

A proposta foi apresentada em uma startup weekend organizada pelo Sebrae-CE. Neste momento, foi formada a equipe, dois deles de Sobral, um de Reriutaba e um de Guaraciaba do Norte. Eles conquistaram o primeiro lugar Estadual da competição. Com isso, a vontade de tornar a pesquisa em um negócio deixou de ser apenas uma ideia e passou a ser possível. Por meio do Corredores Digitais, a equipe encontrou meios de alavancar o seu negócio.

Hemogame
Noutra região do Estado, no Cariri, outra equipe criou uma plataforma com o objetivo de ampliar a rede de doadores de hemoderivados no Brasil, a Hemogame. Nela, os doadores convidam amigos para a rede e validam doações nos centros de Hematologia, acumulam pontos, que podem ser trocados em benefícios da iniciativa privada que tem a responsabilidade social de apoiar a causa.

O custo para os usuários é apenas a vontade de querer salvar vidas. Para as empresas, é necessária uma participação no sistema de benefícios e uma mensalidade para trabalhar o marketing social. Nesse modelo de negócio, a nação brasileira pode ser beneficiada, até porque, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o Brasil tem apenas 1,8% da população doando sangue, abaixo do recomendado pela ONU. Além de ser uma forma mais prática e interativa de salvar vidas, já que várias pessoas estarão conectadas, desbloqueando conquistas e recebendo benefícios, ainda é possível localizar doadores compatíveis que estejam por perto, a partir da criação de campanhas.

De acordo com a acadêmica de Sistemas de Informação Valéria Brito, o projeto surgiu dentro da sala de aula, por ela e os colegas, Thomas Lócio e Vinicius Batista. Um deles trabalha no setor de Tecnologia da Informação de um hospital de urgência e emergência, e vivencia diariamente a luta contra o desabastecimento dos bancos de sangue. Fonte: Diário do Nordeste

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