A Companhia de Água e
Esgoto do Ceará (Cagece) ainda não tem previsão de alta na tarifa da conta de
água do cearense para este ano. Em 2017, foram três reajustes aplicados em oito
meses, tendo sido de 12,8% em maio, 4,33% em agosto e 5,7% em dezembro. Este
último passando a incidir em janeiro de 2018.
Na prática, o cliente
residencial popular, que compõe 75% dos consumidores da companhia, com consumo
de até 10 m³ mensal, sentiu aumento médio de R$ 1,30 para serviços apenas de
água ou R$ 2,34 se considerados água e esgoto. A tarifa média chegou a R$ 3,55
no Ceará. O principal motivo alegado dos acréscimos no ano passado foi a seca,
que eleva custos operacionais da empresa.
Neuri Freitas,
presidente da Cagece, disse, em entrevista, que ainda não há previsão de
solicitação de reajuste, porque a companhia ainda não começou a realizar nenhum
estudo sobre, mesmo já tendo entrado no segundo semestre de 2018.
"Provavelmente qualquer reavaliação em relação a isso será no ano de 2019,
mas ainda é cedo para falar disso", complementou.
Sobre a instalação de
uma usina de dessalinização para tornar a água do mar potável para consumo
humano da Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), Neuri acrescentou que a alta
do custo da água para a população, com o uso do equipamento, ficou próximo de
US$ 1 também no estudo apresentado pela GS Inima. A empresa espanhola teve o
estudo escolhido para basear a minuta do edital que irá escolher a empresa a
construir, operar e manter a usina de dessalinização para a RMF, com capacidade
para filtrar 1 m³/segundo.
"Estamos em fase
de aprimoramento e detalhamento dos estudos para aprovação da Cagece. Para
isso,temos uma equipe técnica e a Fundação Getúlio Vargas (FGV) está nos
ajudando em todo esse processo", detalhou.
Quando a minuta for
finalizada pela Cagece, vai passar por etapa de validações externas, ficando
pronta entre outubro e novembro deste ano. Haverá ainda consulta e audiência
pública para que o documento seja consolidado pelo Estado e passe pelo Tribunal
de Contas da União (TCU) com antecedência mínima de 60 dias até o lançamento do
edital de parceria público-privada (PPP).
"Nossa
expectativa é lançar o edital entre dezembro e janeiro", acrescentou
Neuri. São estimados mais sete meses para escolher a empresa vencedora, com
mais 26 meses para fase de projeto e execução. A expectativa de pré-operação da
usina é para dezembro de 2021 e operação plena até março de 2022. Fonte: O Povo
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