terça-feira, 31 de julho de 2018

Crato incentiva cultivo de hortas e farmácias vivas


Equipamentos instalados em espaços públicos incentivam
o consumo orgânico e ações educativas
(Foto: Reprodução/Jornal do Cariri)
O Município de Crato pretende implantar 40 hortas e farmácias-vivas até o final da atual gestão administrativa, em 2020. A iniciativa tem caráter educativo, foi aprovada pela Câmara Municipal, em legislatura passada, mas só agora saiu do papel. Onze delas já foram construídas em escolas, creches e postos de saúde pela Secretaria de Desenvolvimento Agrário do Município.

Conforme o secretário Zilcélio Alves, as hortas incentivam o consumo orgânico. Além disso, promovem ações educativas quando instaladas em escolas. Também podem ser um complemento na renda de famílias ao serem plantadas e administradas por uma comunidade.

“Como estamos implantando somente em espaços públicos, principalmente em escolas, queremos que melhore a merenda escolar. Em vez de comprarem verduras sem saber de onde vêm, os alunos vão consumir essa verdura trabalhada pela própria comunidade escolar”, explica o secretário.

A produção das hortaliças é feita de maneira orgânica. Segundo Zilcélio Alves, um dos objetivos é incentivar o consumo orgânico como alternativa “ao uso de inseticida e de veneno em geral”. Na fase inicial, a secretaria municipal disponibiliza técnicos e um kit contendo sementes e implementos agrícolas.

Já os produtos das farmácias-vivas são acrescentados às práticas integrativas e complementares de saúde. O Sistema Único de Saúde comporta 29 procedimentos terapêuticos baseados em conhecimentos tradicionais e, parte considerável deles, usa plantas medicinais.

Terrenos baldios
De acordo com o vereador Amadeu de Freitas (PT), autor do projeto que se tornou lei e cria as hortas e farmácias vivas comunitárias, a finalidade primordial do programa é incentivar a produção da agricultura urbana. Conforme o parlamentar, além dos espaços públicos, terrenos baldios tem potencial de serem utilizados por comunidades.

“É possível avançar com a criação de um incentivo fiscal para que as comunidades que produzissem nestes terrenos cedidos pelos proprietários tivessem uma renúncia fiscal, como o IPTU. Mas isso tem que ser regulamentado”, conta Amadeu. Fonte: 
Jornal do Cariri

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