Duas
cidades vizinhas, no Centro do Estado, Boa Viagem e Pedra Branca, distantes pouco
mais de 40 Km, estão entrando em pânico por conta de uma doença que pode ser
transmitida de animais para humanos, podendo inclusive causar a morte. Essa
enfermidade é a Leishmaniose
Visceral, popularmente conhecida por calazar. Depois do Aedes
aegypti o combate está sendo contra o mosquito palha, principal transmissor.
Um óbito já foi registrado
em cada
cidade nas últimas semanas. Houve sacrifícios de cães e
muitos comentários nas redes sociais, criticando a matança de 39 cães. O secretário de Saúde
do Município justificou a medida extrema. Todos os animais foram diagnosticados
com a doença. Uma
pessoa morreu no bairro Padre Paulo após ser infectada.
Para evitar mais óbitos os agentes de endemias intensificaram os trabalhos de
prevenção.
Sobre
o sacrifício dos cães, o secretário Wiliam Vaz esclareceu através das emissoras
de rádio da cidade, ser adotado com o consentimento dos donos. Primeiro é
realizado o exame. Os agentes do Município foram treinados em abril pela
Secretaria de Saúde do Ceará (Sesa). O objetivo é evitar maiores danos aos
demais animais e à população em geral.
O
teste é realizado sob a coleta de sangue do animal em uma pequena quantidade.
Em seguida é encaminhada ao Laboratório Central de Saúde Publica (Lacen), na capital cearense. No
primeiro teste, havendo ou não a confirmação, o proprietário do animal é
notificado e orientado por um médico veterinário, acerca dos procedimentos para
evitar riscos. A eutanásia só é feita com a autorização do proprietário,
reitera o secretário.
Em Pedra Branca, onde o óbito
registrado foi de uma criança, agentes da Sesa passaram a dar assistência à
equipe de endemias do Município. Eles estão iniciando os trabalhos de
borrifação nos bairros. Também estão realizando coletas constantes de sangue dos
animais. Está sendo criado um local específico para acolhimento dos animais de
rua. Além da adoção de ações preventivas, a secretaria de Saúde Vanderlúcia
Felipe, ressalta que um dos fatores de proliferação do transmissor é o acúmulo
de lixo.
Segundo dados do Núcleo de Vigilância Epidemiológica da
Coordenadoria de Promoção e Proteção à Saúde, da Sesa, publicados no dia 19 de
julho, o acumulado de casos de 2018 notificados no Sistema de Informação de
Agravos de Notificação Compulsória (Sinan), do Ministério da Saúde, até a sexta
semana epidemiológica, no Ceará,
era de 153 casos,
com confirmação de 14
óbitos. Fonte: Diário Sertão Central
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