A
taxa de juros do cheque especial voltou a cair em junho, de acordo com dados do
Banco Central (BC), divulgados hoje (27). A taxa chegou a 304,9% ao ano, com
redução de 7 pontos percentuais em relação a maio. Essa é a menor taxa desde
março de 2016, quando ficou em 300,8% ao ano.
As
regras do cheque especial mudaram este mês. Segundo a Federação
Brasileira de Bancos (Febraban), os clientes que utilizarem mais de 15% do
limite do cheque durante 30 dias consecutivos vão receber a oferta de um
parcelamento, com taxa de juros menor que a do cheque especial a ser definida
pela instituição financeira.
A
taxa média do rotativo do cartão de crédito também caiu, chegando a 291,9% ao
ano, com redução de 11,7 pontos percentuais em relação a maio. No caso do
consumidor adimplente, que paga pelo menos o valor mínimo da fatura do cartão
em dia, a taxa chegou a 261,1% ao ano em junho, com aumento de 18,1 pontos
percentuais em relação a maio.
Segundo
o chefe do Departamento de Estatísticas do BC, Fernando Rocha, o aumento da
taxa do rotativo regular em junho foi influenciado por elevação nos juros por
dois bancos. Rocha acrescentou ainda que não é possível saber se outros bancos
vão elevar os juros do crédito rotativo regular também. “Se esse aumento no mês
vai se generalizar nas demais instituição ou vai refluir ainda não sabemos”.
Já
a taxa cobrada dos consumidores que não pagaram ou atrasaram o pagamento mínimo
da fatura (rotativo não regular) caiu 32,8 pontos percentuais, chegando a
313,3% ao ano. A taxa média é formada com base nos dados de consumidores
adimplentes e inadimplentes.
O
rotativo é o crédito tomado pelo consumidor quando paga menos que o valor
integral da fatura do cartão. O crédito rotativo dura 30 dias. Após esse prazo,
as instituições financeiras parcelam a dívida. Fonte: Agência Brasil
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