O PT no Ceará decidiu
não lançar nome para o Senado. O entendimento aprovado em tática eleitoral,
realizada na manhã deste sábado (28), foi aprovado por 200 votos a 70. O
resultado favorece as conversas do governador Camilo Santana (PT) para a
composição final da chapa, mas endurece movimentos que ele poderia fazer em
relação à candidatura de Ciro Gomes (PDT) ao Palácio da Abolição.
O encontro durou a
manhã e parte da tarde do sábado em um hotel de Fortaleza. Logo na chegada,
lideranças ligadas ao deputado federal José Guimarães cantavam vitória antes da
discussão das teses que ainda seriam votadas. “O PT não vai lançar Senado, para
nós está decidido”, disse o presidente estadual do PT, Moisés Braz, na
chegada do evento.
Guimarães, que tem
maioria dos delegados, dizia desde o início do evento que a chance de a reunião
aprovar um nome para o Senado era “zero”. O parlamentar lembrou que abriu mão
de uma candidatura ao Senado em 2014 em nome da aliança para bancar o nome do
então deputado estadual Camilo Santana para o Palácio da Abolição. Agora,
defendeu, o movimento deveria se repetir.
Em nota oficial, o
senador José Pimentel criticou a decisão do PT e previu que “as consequências
dessa decisão serão históricas e percebidas a partir de 2019”. Como militante
do partido desde 1979, o senador criticou duramente as lideranças petistas que
indicaram a não postulação da candidatura. “Sou militante de base desde 1979.
Quem entrou no PT depois aprendeu a fazer negócio”, declarou.
DECISÃO
DO PT
PDT
E AS DUAS VAGAS
O presidente estadual
do PT, Moisés Braz, disse que a aceitação por parte do PT de duas vagas do PDT
ao Senado “está fora de discussão”. “Nós queremos fazer coligação com o PDT,
entendemos e aceitamos que um dos nomes deve ser o do ex-governador Cid Gomes,
mas duas vagas não. Aprovamos a resolução que não temos interesse (no Senado),
mas dialogando com as instâncias do partido e com o próprio governador que o
PDT terá direito a uma vaga e compete ao governador, entre os 24 partidos,
discutir qual outro nome para que essa chapa seja cada vez mais democrática e
possa garantir a eleição dele e dos senadores”. Fonte: O Povo
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