O pagamento por si só não é crime, mas há o risco
de que
esses "gastos cruzados" possam ocultar benefícios
indevidos (Foto:
Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência)
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Um
de cada 6 congressistas gasta parte de suas verbas de gabinete com serviços
fornecidos por pessoas
ou empresas que fizeram doações em suas campanhas eleitorais.
Um cruzamento de dados de doações no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com os
gastos da Câmara dos Deputados e Senado aponta um benefício "cruzado" de R$ 2,5 milhões distribuído
entre 92 deputados e senadores aos seus doadores.
Os
números foram obtidos a partir da ferramenta Datascópio, da organização não
governamental Dados.org.
Analistas
ouvidos pelo jornal O Estado de S. Paulo apontam que o pagamento por si só não é crime,
mas que há o risco de que esses "gastos cruzados" possam ocultar benefícios indevidos.
Outra crítica é que este tipo de apoio aos parlamentares acaba virando uma espécie de acordo comercial,
sem interesse público.
Em
quase metade dos casos (40) identificados pela reportagem, esses doadores receberam mais do que passaram às
campanhas dos parlamentares, ou seja, o valor recebido em
troca de serviços foi maior do que o doado - em um dos casos, 36 vezes maior.
Os serviços mais adquiridos são os de gráficas,
locadoras de veículos e gastos com postos de gasolina. Fonte: Estadão
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