segunda-feira, 27 de agosto de 2018

21 municípios do Ceará não geram receita nem para pagar prefeito


Um em cada três municípios do país não gera receita nem para pagar os salários dos prefeitos, vereadores e secretários. Em cidades com menos de 20 mil habitantes, mais de 90% da receita vem de transferências da União e dos Estados, segundo dados da Firjan.

São 1.872 cidades que dependem do Estado e da União para bancar esse custo, registra o Estadão com base em levantamento da Firjan.

Hoje, a situação mais grave está em cidades pequenas, que não têm capacidade de atrair empresas – o que significaria mais emprego, renda e arrecadação. Em geral, contam com um comércio local precário e, para evitar a impopularidade, as prefeituras cobram poucos impostos. Há cidades em que o IPTU só começou a ser cobrado depois que a crise apertou.

O levantamento da Firjan mostra que, em média, a receita própria das cidades com população inferior a 20 mil habitantes é de 9,7% – ou seja mais de 90% da receita vem de transferências públicas. Em alguns casos, a receita própria do município é praticamente zero, como verificado em Mar de Espanha (MG), Olho D’Água do Piauí (PI) e Coronel Ezequiel (RN). No Ceará, Antonina do Norte só gera receita para cobrir 6,55% das despesas.

A falta de autonomia financeira, porém, não impediu que o Congresso colocasse na pauta de votação a criação de 400 municípios.

Os municípios cearenses que não possuem receita própria para se manter, de acordo com Firjan, são: Antonina do Norte, Granjeiro, Umari, Martinópoli, Ararendá, Tarrafas, Pres Ferreira, Itaiçaba, São João do Jaguaribe, Ipaporanga, Potengi, Paramoti, Aratuba, Palhano, Pacujá, General Sampaio, Jaguaribara, Deputado Irapuan Pinheiro, Arneiroz, Groaíras e Penaforte. Fontes: Site Expresso Ceará - Com O Estadão

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