As
novas regras do crédito consignado permitirão aos trabalhadores da iniciativa
privada obter empréstimos consignados (com desconto na folha de pagamento) com
juros mais baixos. Entraram em vigor neste mês novas normas da Caixa Econômica
Federal que facilitam a utilização dos recursos do Fundo de Garantia do Tempo
de Serviço (FGTS) como garantia nessa modalidade de crédito.
Segundo
o Ministério do Planejamento, as novas regras têm como objetivo aproximar os
juros dos créditos consignados oferecidos aos trabalhadores da iniciativa
privada às taxas cobradas aos servidores públicos. Em junho deste ano, a taxa
média do consignado para o serviço público estava em 1,75% ao mês, contra 2,83%
ao mês para trabalhadores do setor privado.
Pelas
novas regras, na assinatura de contratação do financiamento consignado, a Caixa
criará uma conta à parte com 10% do valor do FGTS do trabalhador da iniciativa
privada, mais o valor equivalente à multa de 40% por demissão sem justa causa.
A quantia ficará segregada na conta do FGTS do trabalhador até que o empréstimo
seja quitado, mas continuará a render normalmente. O dinheiro só será usado
para cobrir eventuais calotes, reduzindo o risco para as instituições
financeiras.
De
acordo com o planejamento, a expectativa é que mais bancos se sintam
confortáveis para operar a garantia do FGTS e que mais empresas se associem a
instituições financeiras para oferecer crédito consignado aos funcionários. A
mudança, informou o Planejamento, não trará impacto financeiro ao FGTS porque
as garantias para as instituições financeiras só serão executadas em situações
nas quais estejam previstos o saque do saldo pelos trabalhadores.
A
lei que instituiu o uso de parte do FGTS como garantia nas operações de crédito
consignado entrou em vigor no ano passado. No entanto, até agora não havia
segurança para os bancos, que só eram informados do saldo do Fundo de Garantia
do trabalhador no caso de um eventual desligamento da empresa. A possibilidade
de que o funcionário, durante a vigência do crédito consignado, sacasse parte
do FGTS para comprar um imóvel reduziria a quantia que pode servir de garantia. Fonte: Agência Brasil
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