Gleisi rejeita apoio do PT
Ceará a Eunício Oliveira
(Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado)
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A
presidente do PT, Gleisi Hoffmann, disse nesta terça-feira, 31, que o Diretório
Nacional do partido irá entrar com um recurso junto ao Diretório petista no
Ceará para derrubar decisão da legenda no Estado de não indicar nome ao Senado
Federal nas eleições deste ano. A estratégia foi articulada pelo governador
Camilo Santana (PT-CE), com objetivo de facilitar a reeleição do senador
Eunício Oliveira (MDB-CE) no Estado, de quem Santana é aliado informal.
"Nós
devemos ter um recurso a esse respeito no diretório nacional. Já fomos avisados
disso, vamos discutir essa situação no diretório, portanto, é afirmar que o
presidente Lula não mandou nenhuma carta de apoio a Eunício e não apoiaremos
Eunício. A discussão sobre a vaga será feita no diretório nacional. Ele (Camilo
Santana) que tem que responder sobre isso (proximidade com Eunício), estou
falando da posição do PT. Nós não apoiamos o Eunício, temos uma posição
contrária a ele e o governador sabia disso. Já tinha manifestado a esse
respeito", disse Gleisi.
A
opção de não ter candidato ao Senado foi tomada em votação realizada pelos
militantes do partido no Ceará. O grupo ligado a Camilo Santana obteve ampla
maioria. Com isso, a chapa do governador cearense abre as portas também para
Cid Gomes, irmão e coordenador da campanha de Ciro disputar uma das vagas
àquela Casa. Uma coligação gigante apoia a reeleição de Santana. O PDT de Ciro
é um dos partidos que fazem parte dela.
Como
mostrou a Coluna do Estadão, a estratégia de Camilo Santana rifou as chances do
partido tentar reeleger um senador do próprio partido, no caso José Pimentel
(PT-CE), que pleiteava uma vaga na chapa. "Lamento muito a decisão do meu
partido de abrir mão de disputar uma das duas vagas ao Senado Federal. As
consequências serão históricas e percebidas a partir de 2019", disse o
petista.
A
situação deve se repetir em outros Estados. No Amazonas, o PT abriu mão de
lançar candidato ao Senado para apoiar a reeleição de Vanessa Grazziotin
(PCdoB). No Piauí, o partido vai apoiar Ciro Nogueira (PP) em detrimento de
tentar reeleger Regina Souza (PT). No Amapá, vai de João Capiberibe (PSB).
No
Maranhão, o partido rifou a candidatura própria para apoiar os nomes escolhidos
pelo governador Flávio Dino (PCdoB). Não vai indicar nem os suplentes. Com
isso, o PT vai completar 12 anos sem lançar candidato no Estado. Fonte: Agência Estado
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