quinta-feira, 2 de agosto de 2018

Mortes por influenza em 2018 superam os últimos nove anos no Ceará


A situação da influenza (gripe H1N1) no Ceará chama atenção pelo número de óbitos em 2018. A Secretaria da Saúde do Estado (Sesa) contabilizou 73 mortes até o dia 7 de julho deste ano. Nos últimos nove anos, o registro foi de 59 pacientes mortos pelos sintomas da infecção. Em 2009, período mais forte da doença, a incidência de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) por influenza era de 0,81%. Atualmente, a marca é de 4,90%. De acordo com a Coordenação da Vigilância em Saúde da Pasta de Saúde, o Estado atingiu a cobertura vacinal dos grupos de riscos, mas ainda existem casos sendo investigados.


Na série histórica, o ano de 2018 apresentou o maior número de casos de SRAG notificados, com 28,8% (1.397/4.844), o maior número de casos confirmados por influenza, com 51,5% (439/851), e a maior incidência de SRAG por influenza, com 4,90 casos por 100 mil habitantes. A maior letalidade registrada entre os casos de SRAG por influenza foi no ano de 2011 com 50%, seguida pelo ano de 2010 com 43,8%.

Neste ano, observa-se um acréscimo nos casos notificados e confirmados para influenza a partir de março, sendo que o mês de abril concentrou 43,2% (603/1.397) e 74% (325/439) das notificações e casos de influenza, respectivamente. Os pacientes que evoluíram para óbito eram residentes dos municípios de Apuiarés (1), Aquiraz (1), Aracati (1), Baturité (1), Capistrano (1), Caucaia (2), Crateús (3), Eusébio (6), Fortaleza (32), Guaiuba (1), Horizonte (2), Ipu (1), Iracema (1), Itapipoca (1), Jaguaruana (1), Jijoca de Jericoacoara (1), Madalena (1), Maracanaú (2), Maranguape (1), Milhã (1), Morada Nova (1), Ocara (1), Pacatuba (1), Paraipaba (2), Pentecoste (1), Pereiro (1), Quixadá (1), Santa Quitéria (1), São Gonçalo do Amarante (1) e Solonópole (2). Apenas 4,1% (3/73) dos óbitos tinham histórico de vacina. Quanto ao tratamento com Tamiflu, 69,9% (51/73) iniciaram o tratamento, porém apenas 26% (19/73) foram iniciados em tempo oportuno. Dentre os óbitos, 80,8% (59/73) apresentavam um ou mais fatores de risco relacionados com SRAG. Fonte: Diário do Nordeste

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