Foi
em 2 de agosto de 1989, aos 77 anos que partia deste mundo, Luiz Gonzaga do
Nascimento, “O Rei do Baião”, considerado maior expoente da música popular
brasileira, ídolo imortalizado nos corações dos Nordestinos, através das suas
composições.
Luiz
Gonzaga nasceu em 13 de dezembro de 1912, na fazenda Caiçara, em Exu, no Sertão
do Araripe Pernambuco; segundo dos nove filhos do casal Januário dos Santos e
Ana Batista de Jesus (Santana).
TRAJETÓRIA
O
filho do velho sanfoneiro Januário, ainda jovem em Exu, cantava e tocava nos
forró e sambas das redondezas, as mesmas composições que o pai. Na década de
1940, viajou para o Rio de Janeiro onde começa a tocar sanfona em bares e casas
de shows para ganhar a vida.
Em
1945 grava “Dança Mariquinha” (Luiz Gonzaga/ Miguel Lima), não tendo muita
repercussão. Antes, em 1944, a música “Xamego” (Luiz Gonzaga/ Miguel Lima) foi
a primeira a ser gravada por outro artista; interpretada pela cantora Carmen
Costa, essa composição possuiu relativo sucesso.
Ainda
na década de 40 /50, o artista tentou emplacar sua carreira com as composições
“ Penerô Xerém”; “Dezessete e Setecentos” e “Cortando o
Pano”. “Dezessete e Setecentos “, interpretada pelo Rei da Embolada,
Manezinho Araújo, houve maior aceitação.
Grande
instrumentista, popularizou os ritmos como o baião, Xote e o xaxado. As músicas
“No meu pé de Serra “, (Luiz Gonzaga Humberto/ Teixeira) e “Asa Branca”, deram
maior expressividade ao pernambucano. “Baião” foi sucesso em todo país, Gonzaga
naquela época, já era visto como maior sanfoneiro do Nordeste e até do Brasil.
Na década de 60, grava também a composição “A Triste Partida”, de Patativa do
Assaré.
HOMENAGENS
Muitas
foram as homenagens que o artista recebeu na sua trajetória de sucesso; pela RC
recebeu o primeiro disco de platina de sua carreira, com o LP “Forró de cabo a
rabo”, lançada em 1986.
ÚLTIMO SHOW
Em
junho de 1989, Luiz Gonzaga sobe pela última vez no palco com auxílio de
cadeira de rodas; o show ocorreu no Teatro Guararapes, no centro de convenções
do Recife. Ao lado de Dominguinhos, Gonzaguinha e vários outros amigos e
parceiros. desobedecendo as ordens médicas.
PARTIDA
Luiz
Gonzaga morreu no dia 2 de agosto de 1989 às 5:15, vítima de uma parada cardiorrespiratória,
no Hospital Santa Joana, em Recife, onde dera entrada a 42 dias. Seu corpo foi
velado na Assembleia Legislativa do Estado e o governo de Pernambuco decreta
luto oficial de 3 dias.
LEGADO
Como
legado, Luiz Gonzaga deixou mais de 40 discos gravados em números sucessos da
música brasileira. Em 13 de dezembro de 1989, foi inaugurado em Exu, por
Dominguinhos e Gonzaguinha, o museu do Gonzagão. O artista é homenageado ainda
em documentários, filmes (Gonzaga De Pai Para Filho), em músicas, livros,
xilogravuras e na literatura de cordel.
Na
região do Cariri, Luiz Gonzaga é lembrado no distrito Dom Quintino, zona rural
do Crato, através de um museu que foi criado por um menino de 10 anos. Pedro
Lucas Feitosa criou em 2013, na casa da bisavó, o museu em homenagem ao seu
ídolo. No local, estão expostos vários discos gravados pelo artista e objetos
antigos, que não pertenceram ao músico, mas retoma a história do artista. Fonte: Blog Papo Reto Cariri
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