Além
das grandes usinas, o Ceará também desponta no segmento de geração distribuída,
modalidade na qual pequenas centrais geradoras são ligadas diretamente na rede.
O Estado tem o quinto maior potencial do País, com 29,8 megawatts (MW), 6,8% do
potencial do Brasil, e o oitavo maior número de unidades geradoras (1.229),
segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Hoje, o segmento é
liderado por Minas Gerais, responsável por 27% da capacidade brasileira, com
120,0 MW produzidos em 7.654 unidades geradoras. Em seguida, na frente do
Ceará, aparecem os estados do Rio Grande do Sul (59,6 MW), São Paulo (51,7 MW)
e Santa Catarina (34,4 MW).
Diferente
do que ocorre no setor de grandes usinas, no qual as eólicas ainda respondem
por mais de 90% do potencial instalado de energias renováveis, na geração
distribuída a matriz fotovoltaica é responsável quase 100%do potencial
instalado no País, que soma 479,5 MW. No Ceará, as unidades fotovoltaicas respondem
por 98% do total da geração distribuída.
Inicialmente,
quando os primeiros equipamentos de geração solar começaram a chegar no País, o
preço por kilowatt gerado era significativamente superior aos atuais e a
eficiência bastante inferior, o que acabou desanimando os investidores, que não
obtiveram o retorno no tempo esperado. No entanto, com a evolução do sistemas e
redução dos custos de produção e distribuição, a utilização de placas solares
vem crescendo de forma exponencial.
Segundo
o engenheiro eletricista Luciano Maciel de Albuquerque, a cada ano, o custo de
instalação de um pequeno sistema de geração solar vem caindo em torno de 20%. E
o retorno, em economia na conta de luz, retorna em cerca de 7 anos, para
equipamentos cuja vida útil chega a 20 anos. "O investimento em
microgeração está diretamente relacionado à economia na conta de energia. E,
para isso, hoje você tem todo tipo de incentivo para financiar a instalação
seja em residência como em uma indústria. Então é crescente o interesse e os
investimentos", ele diz. Albuquerque diz que há cerca de oito anos, o
custo de 1 MW saia em torno de R$ 8 milhões e hoje o valor caiu para R$ 3
milhões. "A eficiência dos equipamentos cresceu muito, os custos de
importação caíram. Antes era preciso ter grandes áreas para produzir energia
solar. Agora, com uma área menor se produz muito mais e cada vez mais as
concessionárias estão facilitando a conexão desses sistemas à rede", diz. Diário do Nordeste
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