(Foto: Jornalista Patrícia Mirelly) |
Neste
ano de 2018, dois motivos congregaram os devotos de Nossa Senhora da Penha em
redor do altar da Igreja Catedral de Crato: a festa patronal (tradicional e
muito cara ao coração do povo) e a festa jubilar (250 anos de fundação da
paróquia, hoje Sé).
O
apreço a Virgem “Pura Rosa”, Mãe do Belo Amor, veio em uma época crucial da
história do município: 1740, quando o frade capuchinho italiano Frei Carlos
Maria de Ferrara, fundou o aldeamento da “Missão do Miranda”, criado para
abrigar e prestar assistência religiosa às populações indígenas, que viviam
espalhadas ao Norte da Chapada do Araripe.
A
hoje imponente “Igreja-Mãe”, originou-se de uma capela de taipa, coberta de
palha. Naquele tempo, o Ceará pertencia à Diocese de Olinda, em Pernambuco.
Numa
ocasião como essa, em que a paróquia principal da Diocese de Crato está a viver
duzentos e cinquenta anos depois, o bispo diocesano, Dom Gilberto Pastana –
sexto, na linha sucessória – lembrou aos fiéis devotos que é preciso levar
sempre em conta a necessidade de aprofundar o significado de pertença, de
comunhão, de missionaridade, exortando-os a viver a missão na fidelidade e na
alegria, aprendendo, com Nossa Senhora, o serviço ao Evangelho.
Cantemos,
jubilosos!
No
dia que descortina o mês de setembro, quando o imponente relógio da Catedral
deu doze badaladas, fogos ecoaram no céu, anunciando a data magna para a cidade
e a Diocese de Crato.
Às
sete da manhã, a primeira – das três missas previstas para este dia – foi
rezada na Igreja Catedral, toda ornada com tapete, toalhas, flores naturais e
flâmulas com inscrições que enalteciam as santas virtudes da “Imperatriz do
Crato”.
Às
nove da manhã, ao som do afinado coral Imaculada Conceição, da Paróquia de
Mauriti, teve início a Missa Solene, presidida pelo bispo Dom Gilberto Pastana,
coadjuvado por padres diocesanos. O bispo de Tianguá, Dom Edimilson Neves, que
durante quatorze anos foi pároco e cura da Sé, também se fez presente à
cerimônia.
Peregrinos
dos mais diversos recantos do município de Crato, dos municípios circunvizinhos
e até daqueles mais longínquos, como Jardim e Missão Velha, reuniram-se em
volta do Altar do Senhor, aos pés da “Mãe da Penha”.
A
programação para este 1º de setembro se estende durante todo o dia: ao
meio-dia, com a salva de fogos; às quatro da tarde, com a segunda missa votiva,
seguida da tradicional procissão pelas ruas de Crato. Texto: Jornalista Patrícia Mirelly
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