Incêndio atinge o Museu Nacional do Rio de Janeiro, na
Quinta da Boa Vista. (Foto: Tânia Rego/Agência Brasil)
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Em
meio às chamas e aguardando o controle do incêndio, a vice-diretora do Museu
Nacional do Rio de Janeiro, Cristina Serejo, afirmou que “nem tudo foi perdido
do acervo” do museu. Uma coleção de invertebrados escapou do fogo, pois fica em
um prédio anexo, que não foi afetado pelas chamas. O museu tem três andares e
prédios anexos, localizados na Quinta da Boa Vista, em São Cristóvão, na zona
norte da capital.
Segundo
Cristina Serejo, alguns pesquisadores conseguiram sair do prédio com seus
acervos pessoais. Outros funcionários tiveram condições de
retirar computadores pessoais.
O
Museu Nacional do Rio reunia um acervo de mais de 20 milhões de itens de
geologia, paleontologia, botânica, zoologia e arqueologia. No local, estava a
maior coleção de múmias egípcias das Américas, havia ainda esqueletos de
dinossauros e várias peças de arte.
É
a mais antiga instituição histórica do país, pois o local foi fundado por dom
João VI, em 1818. O museu é vinculado à Universidade Federal do Rio de Janeiro
(UFRJ), com perfil acadêmico e científico. Tem nota elevada nos institutos por
reunir pesquisas diferenciadas, como esqueletos de animais pré-históricos e
livros raros.
Fogo
O
comandante do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro, coronel Roberto
Robadey Costa Júnior, disse que pelo menos duas áreas não foram atingidas pelo
fogo. Segundo ele, por duas horas, os bombeiros e funcionários do museu
retiraram uma parte do acervo.
“Mas
é muito triste dizer que muita coisa se perdeu”, disse o comandante. “Estamos
trabalhando para evitar mais perdas, para que o fogo não vá para áreas que
ainda estão intactas.
O
incêndio começou ontem (2) por volta das 19h30. Homens e viaturas de 21
quartéis trabalharam na operação. Segundo o comandante, às 23h30 eram 80 homens
e três escadas magirus na área. As dificuldades eram o abastecimento de água,
acesso ao local e a elevada quantidade de material inflamável. Agência Brasil
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