A
coordenadora do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, Carla
Domingues, alertou hoje (27) para a necessidade de os três entes federados
trabalharem juntos para mobilizar a população sobre a importância da vacinação.
Durante a 20ª Jornada Nacional de Imunizações, no Rio de Janeiro, ela lembrou
que o país enfrenta queda na adesão às vacinas – no ano passado, das 14 doses
que integram o programa, apenas a BCG, aplicada em recém-nascidos para prevenir
a tuberculose, atingiu a meta de 95% de cobertura.
“Não
podemos esmorecer e deixar de vacinar nossas crianças. Elas são as mais
vulneráveis e, no momento de circulação de um agente, elas são as mais
afetadas”, disse. “Se nós pararmos de vacinar, essas doenças vão
recrudescer", completou.
Carla
destacou que, desde a década de 70, quando o programa foi criado, o ato de
vacinar deixou de ser uma opção no Brasil e passou a ser uma obrigação. O
Artigo 29 do Decreto 78.231, de agosto de 1976, prevê que é dever de todo
cidadão submeter a si e aos menores dos quais tenha a guarda ou a
responsabilidade à vacinação obrigatória. “A lei já colocava que só não seriam
vacinadas as pessoas que tivessem contra-indicações e que apresentassem um
atestado médico”, explicou.
Readequar
serviços
A
coordenadora admitiu, entretanto, que é preciso adequar os serviços públicos de
saúde à nova realidade brasileira – de homens e mulheres que trabalham em
período integral enquanto a maioria dos postos de saúde no país funciona de
segunda a sexta em horário, muitas vezes, inferior ao comercial, fechando para
almoço. Entre as estratégias sugeridas pela pasta para buscar a população-alvo
estão horários flexíveis para funcionamento dos postos e parcerias com
instituições de ensino (escolas e universidades), além do combate às chamadas fake news e aos grupos
anti-vacinas. Agência Brasil
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