Seu Zuca suspende produção após 40 anos fazendo redes de
linha em Juazeiro do Norte (Foto: Ana Lima)
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Seu
“Zuca” (José Vicente Pinheiro), de 71 anos começou a fazer e vender redes de
linha, nylon e barbante em Juazeiro do Norte no ano de 1978, quando se mudou de
Cajazeiras, na Paraíba, para a Terra de Padre Cícero.
Ele disse, em entrevista ao site Miséria, que aprendeu a arte de fazer redes de
linha apenas observando.
“(...)O meu pai fazia landuá que é o mesmo nó da rede, aí eu fui olhando e aprendendo. O melhor professor pra gente aprender as coisas é a vontade. Se você tiver vontade de aprender as coisas você aprende só olhando. Se você não tiver vontade, você não aprende nunca (...)”, afirmou orgulhoso.
O paraibano teve outros empregos, mas nunca deixou a fabricação das redes. A produção chegou ao auge se adaptando às necessidades dos clientes. Saiu das tradicionais redes de caça e pesca, e variou para rede de dormir, de espera de caça, de futebol, de limitação de área esportiva, de proteção de pula-pula, de vôlei, e a de carregar bola que também serve para segurar feno.
Depois do auge veio a queda, com a chegada das redes industrializadas com preços bastantes competitivos, e mais recentemente, a crise econômica do país. A solução encontrada por seu Zuca foi deixar de lado a confecção do produto e, trabalhar com a revenda da rede industrializada.
“(...) Já tem um tempo que a produção parou por causa da queda nas vendas. O povo tem vontade de comprar, mas é o ‘João da Cruz’ que tá pouco”, ironizou seu Zuca referindo-se a queda do poder aquisitivo da população.
Outro fator que comprometeu as vendas foi o clima do Estado.
“E outra, aqui no Ceará tem cinco ano de seca. O último inverno choveu bem, o pessoal botou até uns peixinhos nos açudes da região, mas vamos torcer que venha um inverno bom, para aparecer mais peixes”, disse.
Além de fabricar, ele também chegou a usar do próprio produto, mas não em Juazeiro.
“(...) a coisa que eu mais gostava no mundo era pescar e caçar. Aqui quando a gente queria pescar, a gente ia pra fora, pra Paraíba, pro Pernambuco, por que aqui não tem onde pescar. Certo que aqui tem um rio, mas dá para pescar o que aí? sapo, lixo?”, reclamou.
“Desde que eu cheguei a Juazeiro que tem a promessa de tirar a poluição desse rio [Salgadinho], mas cadê? Já tem 40 anos que eu tô aqui e a poluição nesse rio tem aumentado cada vez mais”, criticou seu Zuca.
Hoje seu Zuca vive com rendimentos de uma aposentadoria, por tempo de serviço, mas não deixa de comercializar as redes comércio que na própria residência. Site Miséria
“(...)O meu pai fazia landuá que é o mesmo nó da rede, aí eu fui olhando e aprendendo. O melhor professor pra gente aprender as coisas é a vontade. Se você tiver vontade de aprender as coisas você aprende só olhando. Se você não tiver vontade, você não aprende nunca (...)”, afirmou orgulhoso.
O paraibano teve outros empregos, mas nunca deixou a fabricação das redes. A produção chegou ao auge se adaptando às necessidades dos clientes. Saiu das tradicionais redes de caça e pesca, e variou para rede de dormir, de espera de caça, de futebol, de limitação de área esportiva, de proteção de pula-pula, de vôlei, e a de carregar bola que também serve para segurar feno.
Depois do auge veio a queda, com a chegada das redes industrializadas com preços bastantes competitivos, e mais recentemente, a crise econômica do país. A solução encontrada por seu Zuca foi deixar de lado a confecção do produto e, trabalhar com a revenda da rede industrializada.
“(...) Já tem um tempo que a produção parou por causa da queda nas vendas. O povo tem vontade de comprar, mas é o ‘João da Cruz’ que tá pouco”, ironizou seu Zuca referindo-se a queda do poder aquisitivo da população.
Outro fator que comprometeu as vendas foi o clima do Estado.
“E outra, aqui no Ceará tem cinco ano de seca. O último inverno choveu bem, o pessoal botou até uns peixinhos nos açudes da região, mas vamos torcer que venha um inverno bom, para aparecer mais peixes”, disse.
Além de fabricar, ele também chegou a usar do próprio produto, mas não em Juazeiro.
“(...) a coisa que eu mais gostava no mundo era pescar e caçar. Aqui quando a gente queria pescar, a gente ia pra fora, pra Paraíba, pro Pernambuco, por que aqui não tem onde pescar. Certo que aqui tem um rio, mas dá para pescar o que aí? sapo, lixo?”, reclamou.
“Desde que eu cheguei a Juazeiro que tem a promessa de tirar a poluição desse rio [Salgadinho], mas cadê? Já tem 40 anos que eu tô aqui e a poluição nesse rio tem aumentado cada vez mais”, criticou seu Zuca.
Hoje seu Zuca vive com rendimentos de uma aposentadoria, por tempo de serviço, mas não deixa de comercializar as redes comércio que na própria residência. Site Miséria
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