O
presidente Michel Temer disse hoje (24), durante reunião-almoço com empresários
em Nova York, promovida pela Câmara de Comércio dos Estados Unidos (US Chamber
of Commerce), que vai procurar o presidente eleito para propor a retomada da
reforma da Previdência tão logo as eleições de outubro sejam concluídas. Temer
fica no comando do Executivo até 1º de janeiro, quando o eleito assume o
Planalto. Até lá, ele pretende convencer seu sucessor da necessidade de revisão
imediata do sistema.
“Tenho
a certeza de que, ao procurá-lo, ele atentará para o fato de que a medida é
indispensável. Isso não é essencial para um governo: é essencial para o
Brasil”, disse, ao alertar sobre o déficit previdenciário brasileiro. Em um
discurso pautado na exaltação da credibilidade do país diante dos empresários
americanos, Temer disse acreditar na continuidade da agenda de reformas
coordenada por seu governo. “[Tenho] confiança na nossa democracia, na solidez de
nossa economia, na nossa capacidade de crescer com justiça social”, completou.
Segundo
ele, é natural que às vésperas do pleito eleitoral “no calor do embate, no afã
de buscar votos, candidatos se permitam jogar com diferentes posições, em
discursos vagos e até contraditórios”, mas Temer disse acreditar que mesmo com
divergências, todos os presidenciáveis coincidem na defesa da responsabilidade
fiscal, manutenção da rede de proteção social e na garantia da democracia.
“Isso
só faz fortalecer essa agenda [de reformas]. Afinal, a nossa é agenda que
reflete, justamente, esses consensos. Assim, abstraída a retórica eleitoral,
podemos afirmar que não haverá volta atrás nas reformas que temos empreendido”,
disse.
O
presidente apresentou um balanço das ações de seu governo. "Desde a
primeira hora, nosso compromisso com a responsabilidade tem sido total”,
destacou. Segundo ele, os resultados desse esforço aparecem com a inflação
novamente sob controle, com o recuo da taxa básica de juros e a retomada do
crescimento da economia brasileira. “Os empregos estão voltando – só em agosto,
foram criados 110 mil empregos formais”, completou.
Amanhã
(25), Michel Temer faz o discurso de abertura da 73ª Assembleia Geral da
Organização das Nações Unidas (ONU) que deve ser permeada por discursos em
defesa do multilateralismo, críticas ao protecionismo, a preocupação com a
imigração e questões de segurança internacional. Antes de voltar para o Brasil,
Temer também se encontrará com o secretário-geral da ONU, o português António
Guterres, e o novo presidente da Colômbia, Iván Duque, e terá uma reunião com
os líderes do Mercosul (bloco que reúne Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai,
pois a Venezuela está suspensa). Agência Brasil
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