Segundo
o Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca)/Ministério da
Saúde (MS), a previsão para 2018 é de 2.200 novos casos de câncer de mama no
Ceará. No Brasil, estima-se que 119.400 novos casos até o final de 2019.
Foram
registrados 56.790 casos de câncer de mama no Brasil em 2016, com 16.166 mortes
em decorrência da doença. Dos óbitos, 647 foram no Ceará.
As
razões para o crescimento do número, de acordo com o mastologista Olívio
Feitosa, do Instituto do Câncer do Ceará (ICC), tem relação com dois fatores:
aumento da expectativa de vida e detecção da doença. Em 2017, o tempo médio de
vida da mulher chegou a 79 anos e, com isso, aumentaram as chances de tumores.
O diagnóstico ampliado, no entanto, ainda não chegou ao interior. A porcentagem
de cura do câncer de mama quando descoberto em estágio inicial, segundo o Inca,
é de 95%.
O
que se percebe, segundo o especialista, é crescimento na faixa etária entre 45
e 65 anos, que está relacionado a uma série de fatores. Má alimentação e falta
de atividade física são as principais causas.
No
Interior, principalmente, o tema ainda é tabu. As mulheres sentem um “caroço”
na mama e, segundo o médico, têm medo de procurar um especialista para
diagnosticar o problema. Ou ainda, quando se dão conta do tumor têm dificuldade
de encontrar mamógrafo e profissionais especializados.
“Não
necessariamente as mulheres estão se cuidando mais. No Interior do Nordeste,
por exemplo, chegam muitos casos já avançados da doença. O que a gente percebe
é que aumentou o diagnóstico, mas não diminuiu o tempo de espera da mamografia”,
avalia o médico.
O
câncer de mama é o segundo tipo mais frequente de câncer no mundo, e o mais
comum entre as mulheres. Ele é seguido pelo câncer de colo de útero, o segundo
que mais aparece na população feminina, e que constitui a quarta causa de morte
de mulheres por câncer no Brasil.
As
chances de cura são altas, quanto mais cedo for descoberto e, para isso, a
única coisa que as mulheres precisam fazer são os exames de prevenção, que são
simples e estão disponíveis na rede pública.
A
recomendação para realizar a mamografia é a partir dos 40 anos para mulheres
que não tiveram casos na família, envolvendo mãe, avós ou irmãs com câncer.
Para quem já tem casos da doença entre familiares, opta-se por começar as
mamografias mais cedo. Jornal O Povo
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