A distância entre os candidatos a
presidente Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT) caiu de 18 para 12
pontos em uma semana, aponta pesquisa do Datafolha. A três dias do segundo
turno, o deputado tem 56% dos votos válidos, contra 44% do ex-prefeito de São
Paulo. No levantamento passado, apurado em 17 e 18 de outubro, a diferença era
de 59% a 41%.
Tanto
a queda de Bolsonaro quanto a
subida de Haddad se deram acima da margem de erro, que é
de dois pontos percentuais para mais ou menos.
O Datafolha entrevistou 9.173 eleitores em 341 cidades no levantamento, encomendado pela Folha de S.Paulo e pela TV Globo e realizado na quarta (24) e na quinta (25). O nível de confiança é de 95%.
O Datafolha entrevistou 9.173 eleitores em 341 cidades no levantamento, encomendado pela Folha de S.Paulo e pela TV Globo e realizado na quarta (24) e na quinta (25). O nível de confiança é de 95%.
O
resultado é a mais expressiva
mudança na curva das intenções de voto no segundo turno
até aqui, e reflete um período de exposição negativa para o deputado do PSL.
No
período, emergiu
o caso do WhatsApp, revelado em reportagem da Folha de S.Paulo
que mostrou como empresários compraram pacotes de impulsionamento de mensagens
contra o PT pelo aplicativo. A Justiça Eleitoral e a Polícia Federal abriram
investigações.
No
domingo (21), viralizou o vídeo da
palestra de um de seus filhos, o deputado reeleito Eduardo
(PSL-SP), em que ele sugere que basta "um soldado e um cabo" para
fechar o Supremo Tribunal Federal em caso de contestação de uma vitória de seu
pai.
A
fala foi amplamente condenada,
obrigando Bolsonaro a se desculpar com a corte. No mesmo dia, o candidato fez
um discurso via internet para apoiadores em São Paulo cheio de elementos
polêmicos: sugeriu, por exemplo, que os "vermelhos" poderiam ser
presos ou exilados, e disse que Haddad deveria ir para a cadeia.
Em
votos totais, Bolsonaro tem 48%, ante 38% de Haddad e 6% de indecisos. Há 8% de
eleitores que declaram que irão votar branco ou nulo. Desses, 22% afirmam que
podem mudar de
ideia até o dia da eleição.
O
deputado perdeu
apoio em todas as regiões do país, embora mantenha sua
liderança uniforme, exceto no Nordeste, onde Haddad tem 56% dos votos totais e
Bolsonaro, 30%.
A
maior subida de Haddad ocorreu na região
Norte, onde ganhou sete pontos, seguido da Sul, onde ganhou 4.
Já Bolsonaro mantém uma sólida vantagem na área mais populosa do país, o
Sudeste: 53% a 31% do petista. O Centro-Oeste e o Sul seguem como sua maior
fortaleza eleitoral, com quase 60% dos votos totais nas regiões.
Entre os mais jovens (16 a 24 anos),
Haddad viu sua intenção de voto subir de 39% para 45%, empatando tecnicamente
com Bolsonaro, que caiu de 48% para 42%.
O
segmento em que o petista mais subiu foi entre os mais ricos, aqueles que
ganham mais de 10
salários mínimos. Ali, cresceu oito pontos, mas segue perdendo
de forma elástica para Bolsonaro: 61% a 32% dos votos totais. Lidera na outra
ponta do estrato, entre os mais pobres (até 2 salários mínimos), com 47% contra
37% do deputado.
Entre
o eleitorado masculino, Bolsonaro mantém ampla vantagemsobre Haddad, embora tenha caído três
pontos -mesma medida da subida do petista. Tem 55% a 35%, distância que é
reduzida a um empate técnico por 42% a 41% entre as mulheres.
A
rejeição a ambos os candidatos, uma marca desta eleição, permanecealta. Haddad viu a sua oscilar
negativamente de 54% para 52%, enquanto Bolsonaro teve a sua subindo três
pontos, para 44%. A certeza do voto dos eleitores declarados de ambos é alta:
94% dos bolsonaristas e 91% dos pró-Haddad se dizem convictos. Folhapress
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