Foi
o que disse a este blog o presidente da Associação Brasileira dos Produtores
Exportadores de Frutas (Abrafrutas), empresário Luiz Roberto Barcelos, que é
também sócio e diretor de produção da Agrícola Famosa, maior produtora e
exportadora brasileira de melão.
Ele
explicou que o preço do frete rodoviário, agora tabelado pela Agência Nacional
de Transporte Terrestre (ANTT), foi reajustado para além do previsto pelos
produtores e pelas próprias empresas transportadoras.
Luiz
Roberto Barcelos deu um exemplo: quando o preço era livremente negociado
entre as partes, sem qualquer intermediação do Governo, o frete das carretas
que transportam cargas frias do Sul para o Nordeste, como as da Sadia e da
Perdigão, cobravam R$ 17 mil. Na viagem de retorno, do Nordeste para o Sul,
esse frete era em média de R$ 7 mil. “Agora, com o tabelamento, nós teremos de
pagar R$ 11,5 mil pela viagem de retorno, o que, no caso das frutas,
representará um aumento de 20%, algo que será muito difícil repassar para o
cliente e para o consumidor final”, afirmou Barcelos.
Falando
ao blog nesta manhã de quarta-feira, 3, diretamente de Genebra, na Suíça,
onde se encontra para uma reunião da OMC, o presidente da Abrafruta anunciou
que sua entidade entrará na Justiça com uma ação contra o tabelamento. “Vivemos
em um País de livre iniciativa, de livre mercado, razão pela qual consideramos
ilegal esse tabelamento que prejudica toda a cadeia produtiva”, finalizou. Blog do Egídio Serpa
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