
Nery
morreu às 16h, no Complexo Hospitalar de Niterói, no Rio de Janeiro, vítima de
câncer no cérebro que começou nos pulmões pelo uso contínuo de cigarros.
O
escritor chegou a postar no Facebook quando descobriu que a doença havia
atingido o cérebro. "Aviso: Meus querid@s, o câncer chegou no meu cérebro.
Por isso quero prepará-l@s. Continuem a nossa luta por nossos direitos, se
unam, não oprimam os nosso irmãos oprimidos ,já por tanta transfobia e
sofrimento. Um transmasculino não precisa ser sarado, nem ter barba, nem se
hormonizar ou ter penis e se operar. Basta saber quem são e que se sentem do
gênero masculino. Vamos nos respeitar, nos unir, nos fortalecer e, sobretudo,
ensinar aos homens cis o que é ser um homem sem medo do feminino. Espero ainda
estar aqui por algum tempo, mas sei até quando", escreveu.
Recentemente
João W. Nery concluiu o livro "Velhice Transviada", com relatos
de pessoas transexuais na terceira idade e que deve ser publicado em março de
2019. Ele é autor também de "Vidas Trans" e da autobiografia
"Viagem Solitária: Memórias de um Transexual 30 Anos Depois".
Ele
também dá o nome ao projeto de lei dos deputados federais Jean Wyllys (PSOL-RJ)
e Erika Kokay (PT-DF) que visa garantir o direito do reconhecimento a
identidade de gênero de todas as pessoas trans no Brasil, sem a necessidade de
autorização judicial, laudos médicos ou psicológicos, cirurgias ou
hormonioterapias.
João
W. Nery deixa a esposa, Sheila Salewski. Diário do Nordeste
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