Ciro frustrou as expectativas do candidato Fernando
Haddad
que queria o apoio dele no segundo turno. (Foto: José Leomar)
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O
ex-ministro Ciro
Gomes (PDT), candidato derrotado à Presidência da
República no primeiro turno, disse neste domingo, ao votar, em Fortaleza,
que fará oposição a
qualquer um dos eleitos neste segundo turno. Em entrevista, ele reforçou
que não
pretende mais estar ao lado do Partido dos Trabalhadores (PT).
Para ele, a complexidade do cenário nacional ficou de fora do debate eleitoral
"marcado pelo radicalismo estreito".
"Minha
posição é a mesma de antes. Se que quisesse aderir a alguma das duas forças eu
teria feito antes. O Brasil precisa desesperadamente desarmar essa bomba da
confrontação miúda que vem destruíndo a economia brasileira", afirmou.
"Faz
quatro anos que o Brasil não para pra trabalhar, com a oposição rasteira e
destrutiva. Mais de 13 milhões de desempregados, o empresariado colapsado com
endividamento altíssimo, mais de 63 mil homicídios ao ano e o debate nacional
marcado pelo radicalismo estreito e intolerante. Isso não é bom conselheiro
para o futuro do País", completou o pedetista.
Cenário
local
Apesar
da defesa do afastamento em âmbito nacional, Ciro deixou claro que no Ceará, a
relação do PDT com o governador Camilo Santana e o PT não muda. "Tenho
orgulho de ver o Camilo crescendo, o governador mais votado do País. Junto
com o Cid, também mais votado. Todos estão na política para fazer serviço
público. Ninguém pode querer ser raiz na política não. O caudilhismo só leva o
País para trás, como estamos vendo agora", disse. Questionado se seria um
recado para Lula, ele reagiu: "é recado para quem quiser ouvir". Diário do Nordeste
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