Há
três dias, mais de 70
pacotes “misteriosos” começaram a aparecer nas praias
de Alagoas,
deixando em alerta os moradores de pelo menos 13 cidades do Estado. Os fardos encontrados
pesam mais de 100kg cada um e há registros da presença deles em
Tamandaré, no litoral pernambucano, além de praias da Paraíba. No Ceará, até agora,
há relatos de que o material foi avistado em Camocim, Aracati e Caucaia.
No entanto, por aqui, o material físico ainda não foi detectado pelas equipes
do Ibama.
De
acordo com informações do G1
Alagoas, os exames laboratoriais feitos por biólogos do
Instituto do Meio Ambiente (IMA) constataram que os pacotes que apareceram no
litoral alagoano são feitos depolímero,
um material sintético feito a partir de derivados do petróleo. A origem, porém,
ainda é desconhecida.
O
chefe da Divisão Técnico-Ambiental do Ibama no Ceará, Miller Holanda Câmara informou
que o órgão recebeu ainda ontem (26) uma ligação de um morador da Caucaia,
relatando que havia avistado material semelhante ao analisado pelo IMA. Já nas
outras localidades, Camocim e Aracati, equipes de fiscalização teriam ouvido
relatos de moradores e repassado ao Ibama.
Os
registros no Estado do Ceará, porém, não existem nem por meio de foto.
"A gente não chegou a ver, coletar, separar, são apenas relatos. Mas
quando tem diversos relatos, a gente acredita”, pontuou Miller sobre
o caso.
Material deve ser analisado antes de ser descartado
Segundo
o representante do Ibama, a orientação que vem sendo repassada às pessoas que
entram em contato com o órgão cearense é de que o material deve ser
tratado como resíduo sólido, dando-lhe “destinação adequada”. Questionado se as
pessoas poderiam interpretar esse destino como lixo, Miller
afirmou que antes acionaria um “pessoal de emergência ambiental para
verificar”.
Já
em Alagoas, o Ibama, a Capitania dos Portos e demais envolvidos na investigação
orientaram as prefeituras dos municípios costeiros para que fizessem o recolhimento dos
fardos encontrados em seus territórios.
Nos
próximos oito dias, outros exames serão realizados pelo IMA para analisar os
demais aspectos dos pacotes, incluindo os crustáceos que estão
grudados na superfície deles. As informações do instituto, colhidas pelo G1 Alagoas, apontam para o
fato de que os animais “são de origem afastada da nossa costa, de águas mais
profundas, o que indica que esse material pode ter navegado por meses até
chegar à praia”. Diário do Nordeste
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