terça-feira, 30 de outubro de 2018

Professores do Cariri orientam sobre criação de mais um geoparque


Parque Estadual do Morro do Chapéu (BA), na Chapada Diamantina,
busca ser escolhido como segundo geoparque brasileiro
(Foto: Reprodução)
Integrantes do Geopark Araripe, os professores da Universidade Regional do Cariri (Urca), Eduardo Guimarães e Rafael Soares, orientam os processos de candidatura do Parque Estadual do Morro do Chapéu, em Morro do Chapéu (BA), na Chapada Diamantina. O parque tem 46 mil hectares e é rico em biodiversidade. O professor Eduardo explica ser necessário superar algumas etapas para que a Unesco reconheça um geoparque.

“A primeira delas é a organização de um território, a segunda é o envolvimento de uma equipe que seja de alto nível técnico, e a terceira é o apoio político contínuo, porque é um processo que acontece em médio prazo. Apesar de existir mais de 25 projetos de geoparques no Brasil, o Araripe é o único geopark de fato há 12 anos, porque ele conseguiu fechar esse tripé organização, pessoal e apoio governamental”, explica o professor ao ressaltar a iniciativa do prefeito Leonardo Dourado.

Para alcançar a primeira etapa, a Prefeitura de Morro do Chapéu instituiu uma comissão municipal que trata especificamente do projeto. Na fase seguinte, a equipe técnica iniciou o mapeamento do território. Foram identificados dez geossítios aptos à visitação, apesar de o parque da localidade ter mais de 50. O mesmo acontece no Geopark Araripe, que possui mais de 20 geossítios, dos quais nove estão aptos a receber visitas de turistas e populações locais.

Na etapa atual, os geossítios de Morro do Chapéu são preparados para receber visitas. O suporte para todas as etapas é encontrado na experiência de 12 anos de atuação do Geopark Araripe no Cariri. “O território é avaliado dentro do que a Unesco espera que seja importante. E aí, temos a expertise em nosso currículo do único Geopark Unesco do Brasil, que é o Araripe, que já passou por três avaliações e em todas elas fomos felizardos. Isso nos habilita a saber, de fato, o que a Unesco espera de um processo de avaliação”, acrescenta o professor.

A atuação dos educadores da Urca reside, portanto, em nortear a candidatura de Morro do Chapéu a Geopark oficial – o segundo do Brasil e o 141ª do Mundo. Depois de se candidatar a aspirante, a cidade baiana terá um ano para apresentar uma candidatura oficial para ser avaliada.

“É um processo árduo, de muito envolvimento e contínuo. Depois desse processo é que, de fato, vamos avançar para outro que é a capacitação dos colaboradores locais. Um projeto Geopark é um projeto de desenvolvimento regional sustentável. Acreditamos que, em torno de três anos, consiga de fato se tornar geopark mundial Unesco”, conclui.        Jornal do Cariri

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