(Foto: Thiago Gadelha) |
O
Ceará teve taxa de abstenção de 25,8% no primeiro dia do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2018.
Dos 328.591 candidatos
inscritos no Estado, 84.776 não
realizaram as provas. O balanço foi divulgados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas
Educacionais Anísio Teixeira (Inep), em coletiva de imprensa
realizada na noite de ontem, em Brasília.
Apesar
de elevado, o número de ausentes foi menor que a edição passada, quando 100 mil
candidatos no Ceará perderam o primeiro dia do Exame. Em todo o Brasil, a
abstenção ficou em 24,9%, a menor desde o ano de 2009, mas conforme explicou o
ministro da educação, Rossieli Soares, a taxa pode ser ainda menor, pois a
abstenção considera os dois dias de aplicação do Exame. No geral, a presidente
do Inep, Maria Inês Fini, destacou como muito tranquilo o primeiro dia de
provas.
Ao
todo, houveram 32 casos de interrupção por energia elétrica, mas em apenas dois
locais de prova, Porto Nacional (TO) e Franca (SP), a aplicação precisou ser
interrompida. Neste caso, os candidatos prejudicados poderão refazer as provas
no dia 11 de dezembro.
Neste
primeiro dia, 67 candidatos foram eliminados por descumprimento as regras do
Edital e dois por uso de ponto eletrônico. Os candidatos, ambos de Minas
Gerais, foram autuados pela Polícia Federal e responderão criminalmente.
No
Ceará, professores do Colégio Ari de Sá Cavalcante comentaram as principais
questões. Na avaliação dos profissionais, não houveram questões polêmicas e sem
dúvidas com itens objetivos.
Equilíbrio
Bruno
Maia, professor de língua portuguesa dos cursos preparatórios do Enem e ITA do
Colégio, explica que as questões de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
foram mais equilibradas do que as do ano passado.
"O
Inep havia falado que neste ano haveria textos mais reduzidos. Os alunos
acharam menos cansativa. A prova explorou variações linguísticas, funções das
linguagens, gêneros textuais, houveram ainda temáticas da atualidade como
violência contra a mulher, além de manifestações artísticas contemporâneas".
O
professor destacou, ainda, o respeito por princípios de igualdade social.
"Como é uma prova que visa questões de inclusão, se viu um maior respeito
pela figura da mulher e do público LGBT", afirma.
Carlos
David Costa, professor de história, destaca que a avaliação de Ciências Humanas
e suas Tecnologias relembrou a história do Brasil e da Europa em diferentes
momentos políticos, além de tocar em questões climáticas.
"A
Geografia foi uma prova técnica e levou com ênfase na geografia física,
climatologia, meio ambiente. Fez uma análise dos problemas urbanos. Ela também
dialogou com a agricultura familiar. Foram ressaltadas questões de geopolítica,
neoliberalismo, guerra fria e globalização. Não podemos considerar ruma prova
difícil, mas de fáceis e medianas.", comenta. Diário do Nordeste
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