A
busca por ajuda psicológica ou por terapias tem crescido cada vez mais.
Acompanhando o avanço tecnológico, veio a iniciativa de alguns profissionais de
promover sessões virtualmente, seja por plataformas de videochamadas ou por
aplicativos criados especificamente para essa finalidade.
Desde
o dia 10 de novembro deste ano, está em vigor a Resolução CFP nº 11/2018, a
qual regulamenta o atendimento psicológico online e demais serviços de
comunicação a distância. Aprovada em maio de 2018 pelo Conselho Federal de
Psicologia (CFP), a norma atualiza a Resolução CFP nº 11/2012 em que o paciente
só poderia fazer no máximo 20 sessões online.
A
partir de agora, os profissionais interessados em prestar atendimento virtual
precisam se cadastrar nas plataformas do Conselho Federal informando qual tipo
de serviço será prestado e qual tecnologia usada - aplicativo de mensagens, videochamada
e outros. No entanto, a medida mantém a proibição do atendimento virtual em
casos de violação de direitos, situações de emergência, devendo ser prestado
por equipes presenciais.
No
caso de aplicativos que oferecem serviços de terapia em grupo, a regra é a
mesma. O profissional é responsável pelo tipo de tecnologia utilizado e pelo
serviço empregado.
Depois
de se mudar para Recife, Thereza Martins, 35 anos, decidiu continuar suas
terapias no ambiente online para não perder o acompanhamento da profissional
com a qual já estava acostumada. "Estava resistente em ter que recomeçar a
terapia com uma nova pessoa e foi quando uma amiga me relatou que conseguia
manter as sessões pelo "Facetime". Era engraçado, uma vez por semana
ela ia pra casa ou se afastava da gente no próprio campus da faculdade e
passava uma hora conversando com a psicóloga. Achei incrível e resolvi
testar", conta.
Acolhimento
Mesmo
com a diferença de ambientes, a advogada afirma que o resultado da terapia não
é afetado por estar ou não em um consultório. Para ela, na verdade, há algumas
vantagens, como o fato de poder viajar e continuar com as sessões ou de não
precisar se preocupar com o deslocamento. "O único ponto negativo é não
ter o acolhimento caloroso que ela oferece quando chegamos ao
consultório", compara.
"Apesar
de ter algumas limitações, o serviço tem vantagens. Pesquisas têm evidenciado
que os atendimentos têm sim sido positivos. Ao longo de 10 anos, tem mostrado
uma grande vantagem de flexibilizar a barreira da distância e também tem
possibilitado o encontro de certas abordagens da psicologia que não tem em todo
lugar", explica Diego Mendonça, presidente do Conselho Regional de
Psicologia 11ª Região. Além disso, o paciente consegue escolher qual o horário
mais adequado dentro da rotina para ser atendido. Diário do Nordeste
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