O
presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), disse, em entrevista a TV Aparecida,
que irá trabalhar para aprovar "alguma coisa" da reforma da
Previdência ainda este ano, apesar do "desânimo em Brasília". Ele
citou a fixação da idade mínima para servidores públicos como um desses pontos.
"Queremos dar um passo, por menor que seja, mas dar um passo na reforma da
Previdência, que é necessária", disse. A conversa foi exibida na tarde
desta segunda-feira (5). Bolsonaro concedeu a entrevista na última quinta (1º).
Na
entrevista, o presidente eleito citou idades mínimas para servidores diferentes
da do projeto, em 56 anos para as mulheres e 61 anos para os homens. Hoje, o
servidor se aposenta a partir dos 60 anos e a servidora aos 55. "O grande
passo no meu entender, neste ano, se for possível, passar para 61 anos no
serviço público para homem e 56 para mulher e majorar também um ano nas demais
carreiras. Acredito que seja um bom começo para a gente entrar o ano que vem já
tendo algo de concreto para nos ajudar na economia", disse.
Tramita
na Câmara dos Deputados uma proposta do governo Michel Temer (MDB) para a
reforma da Previdência. O projeto prevê a fixação da idade tanto para
trabalhadores do serviço privado quanto do serviço público. Para a
aposentadoria, a idade seria de 62 anos para mulheres e 65 para homens.
O
aumento da idade é progressivo, sendo fixado em 2032 para todos os servidores,
caso seja aprovada neste ano. No projeto que está na Câmara, também há a
progressão da idade mínima para a iniciativa privada, chegando em 2036 para as
mulheres e 2038 para os homens.
Bolsonaro
tem um encontro marcado para esta terça (6) com Temer, que negocia a aprovação
da reforma ainda esse ano. Apesar de defender a fixação da idade para o
funcionalismo, Bolsonaro ponderou sobre a idade mínima, dizendo que é possível
haver uma flexibilização ao depender da atividade. "Fala-se muito em 65
anos. Mas você não pode generalizar isso daí. Tem certas atividades que nem aos
60 é compatível a aposentadoria. Nós devemos manter essas questões. Você vê a
expectativa de vida do policial militar no Rio de Janeiro, não tenho o valor
exato aqui, mas está abaixo de 60 anos. Então, não é justo botar lá em cima
isso daí", disse. Folhapress
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