Treze
dos 15 vereadores de Barbalha aprovaram mudanças no Regimento Interno da Câmara
Municipal. Apenas o vereador Rildo Teles (PSL) absteve- -se do voto e criticou
uma das alterações, enquanto Everton Siqueira (PP) não vota pelo fato de ocupar
o cargo de presidente. As alterações dizem respeito à eleição da Mesa Diretora.
Segundo parlamentares que formam o bloco de oposição e propuseram o novo
formato, as medidas servem para dar maior transparência a escolha dos
cargos.
Os
cargos permanecem: presidente, vice, primeiro e segundo secretários. As
mudanças residem no registro de candidaturas, que podem ser individuais ou
coletivas. Os postulantes devem manifestar o desejo em até 48h antes da
eleição, que este ano ocorrerá em 20 de dezembro. A modificação é apontada pelo
presidente da Câmara como a principal medida tomada. “No dia da eleição,
qualquer um poderia ser votado, mesmo sem ter o desejo de disputar o cargo”,
conta.
De
acordo com o vereador Daniel de Sá Barreto (PT), para tomarem a iniciativa, os
vereadores consultaram Poderes Legislativos de outras cidades caririenses,
principalmente Juazeiro do Norte e Crato, que junto à Barbalha integram o
Triângulo Crajubar. “Observando quase todas as outras Câmaras [do Cariri],
vimos que só em Barbalha era diferente, onde todos os 15 candidatos na hora da
eleição poderiam ser votados e percebemos que não era correto”, diz.
Na
visão do presidente da Câmara de Barbalha, Everton Siqueira (PP), as alterações
servem para dar maior transparência à eleição da Mesa Diretora. Conforme o
parlamentar, os processos eleitorais, desde a eleição em uma associação até a
escolha do presidente da República, prevêem registros de candidatura – o que antes
não é contemplado no Regimento Interno da Câmara.
Críticas
Único
parlamentar contrário às mudanças, Rildo Teles (PSL) comparou a iniciativa aos
regimes ditatoriais. Rildo fundamenta a crítica com base no processo de votação
que não é secreto. “A minha posição é contrária ao voto secreto. Entendo que o
voto deve ser aberto. Nós já ultrapassamos os limites da Ditadura com história
de votos secretos nas Câmaras e Assembleias [Legislativas] e do Congresso
Nacional. Uma das únicas que ainda mantém isso é a Câmara Municipal de
Barbalha. Mesmo que eu quisesse, não ia conseguir fazer qualquer tipo de
mudança porque a oposição tem maioria”, justifica o parlamentar. Jornal do
Cariri
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