(Foto: José Leomar)
|
Com
a proximidade do Dia Mundial de Combate à Aids, o Ministério da Saúde divulgou
o Boletim Epidemiológico
de HIV/Aids 2018 nesta terça-feira (27), com informações
mais recentes até junho deste ano. Considerando os 1.232 casos da doença
registrados no Ceará em 2017, o Estado teve, em média, 3 casos notificados por
dia no ano passado.
No
primeiro semestre de 2018, o Ceará foi o quarto estado do Nordeste com o maior
número de casos contabilizados, ficando atrás da Bahia, de Pernambuco e do
Maranhão. Até junho, 566
casos foram notificados no Sistema de Informação de
Agravos de Notificação (Sinan),
declarados no Sistema de Informações de Mortalidade (SIM) e registrados no Sistema
de Controle de Exames Laboratoriais (Siscel)
e Sistema de Controle Logístico de Medicamentos (Siclom). De 2006 a 2017, o ano
com maior acúmulo de notificações da doença foi 2012, com 1.360 casos.
“Em
Fortaleza, nós temos 9 serviços voltados ao atendimento de pessoas com Aids.
Todos contam com profissionais infectologistas, enfermeiros, assistentes
sociais. Os medicamentos não estão em falta e são disponibilizados em todos
esses serviços”, destaca o gerente da Área Técnica de IST/Aids e Hepatites
Virais da Secretaria Municipal de Saúde (SMS),
Marcos Paiva.
Segundo
ele, a ideia é tratar a patologia cada vez mais precocemente, de forma que os
pacientes tenham sua carga viral indetectável e, assim, não transmitam o vírus.
“Isso garante uma melhor qualidade de vida ao paciente e quebra o ciclo de
transmissão da doença”, afirma.
Testes
A
taxa de detecção de pacientes com Aids a cada 100.000 habitantes, no Ceará, foi
de 13,7 no ano passado, uma diminuição em relação a 2016, que teve taxa
equivalente a 14,8.
Em
Fortaleza, porém, de acordo com Marcos Paiva, observa-se a tendência de
crescimento no número de casos, assim como ocorre no Brasil como um todo. “Isso
também se deve ao aumento da testagem, que é necessário para garantir que essas
pessoas tenham um diagnóstico precoce”, diz. A população jovem, homens que fazem
sexo com homens, travestis e transexuais incluem o grupo mais vulnerável à
exposição ao vírus HIV.
O
Sistema Único de Saúde (SUS)
disponibiliza teste rápidos para a detecção do vírus nas unidades de saúde do
país. Conforme o Boletim, em 2018, foram distribuídos 12,5 milhões de
unidades.
A
Secretaria da Saúde do Estado do Ceará (Sesa)
foi procurada para comentar os dados divulgados, porém, não pôde responder até
a publicação desta matéria. Diário do
Nordeste
Nenhum comentário:
Postar um comentário