quarta-feira, 21 de novembro de 2018

Com três ministérios, Democratas se fortalece no futuro governo


O anúncio do futuro ministro da Saúde mostra o fortalecimento do DEM na composição do governo de Jair Bolsonaro (PSL). Até 2007, o Democratas se chamava PFL (Partido da Frente Liberal). A sigla é presidida por ACM Neto, prefeito de Salvador (BA) e reúne nomes como o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ). No Ceará, o vice-prefeito de Fortaleza, Moroni Torgan, também é filiado ao DEM.

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Ontem, o presidente eleito confirmou o deputado federal Luiz Henrique Mandetta (DEM-MS) como ministro da Saúde. Ele é o terceiro convocado do DEM e comandará um orçamento estimado em R$ 128 bilhões para 2019.

"Confirmo o marechal Mandetta, que se Deus quiser assumirá ano que vem com essa enorme missão", disse Bolsonaro em reunião com deputados da bancada da saúde e representantes da Associação das Santas Casas.

Amigo do chefe da Casa Civil de Bolsonaro, Onyx Lorenzoni (DEM-RS), Mandetta, 53 anos, é médico ortopedista e tornou-se um dos cotados depois de receber apoio de figuras importantes como o governador eleito de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM).

Mandetta colaborou com propostas sobre saúde para o programa de Bolsonaro. O presidente eleito chegou a citá-lo no programa Roda Viva (TV Cultura), antes do 1º turno. Ao responder sobre mortalidade infantil, Bolsonaro disse que é necessário dar atenção à saúde bucal das grávidas. Fazia referência à atuação de Mandetta como secretário de Saúde de Campo Grande (MS). Segundo Mandetta, ao implantar consultas odontológicas no pré-natal, a prematuridade e a mortalidade infantil caíram no município.

O futuro ministro é investigado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por suspeitas de ter favorecido duas empresas (a Telemídia e a Alert) num contrato de R$ 9,9 milhões assinado com a Secretaria de Saúde de Campo Grande (MS), no período em que ele comandou a Pasta. No inquérito a PGR cita uma viagem de Mandetta a Portugal, em 2010, como um indício de sua relação de proximidade com as empresas, que arcaram com os custos do giro europeu na ocasião. Mandetta nega irregularidades.      Diário do Nordeste

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