Nesta
sexta-feira (23) é comemorado o Dia Mundial de Combate ao Câncer Infantil, onde
diversas entidades se unem a fim de facilitar o diagnóstico e auxiliar as famílias
das crianças. No Cariri, o atendimento a pacientes oncológicos pediátricos foi
recentemente paralisado no Hospital São Vicente, em Barbalha, mas a história
poderá ter um final feliz.
Uma
das instituições que mais atuam no diagnóstico é o Instituto de Apoio a Criança
com Câncer (IACC), que atualmente tem sede em Barbalha e recebe crianças
diagnosticadas com câncer de toda a região do Cariri. Outras instituições na
região também fazem pacto onde prezam otimizar o tratamento aos pacientes
mirins e apoio as suas famílias.
Fátima
Regina, diretora do IACC, afirmou que existem atualmente 57 crianças alocadas
no instituto. Destas, pouco mais de 20 estão em Fortaleza prosseguindo com o
tratamento quimioterápico, após sua paralisação no único hospital que fornecia
o serviço na região. A instituição ainda fornece cestas básicas mensais,
remédios, exames auto custeados pelo órgão e diversos outros serviços para os
pacientes, principalmente àqueles sem condições financeiras.
“Mais
de 15 projetos também auxiliam os parentes destas crianças, oferecendo
assistência social e multidisciplinar dedicados aos entes acolhidos”, afirma
Fátima. Ela diz também que Fisioterapeutas, Psicólogos, exames de vista e
fornecimento de óculos também são ofertados na instituição, além do
acompanhamento médico junto ao hospital.
Um
dos principais problemas enfrentados entretanto é justamente a falta de
tratamento local para pacientes pediátricos diagnosticados com câncer. Sendo
que a quimioterapia, processo ainda mais delicado em crianças, tem sido
realizado a alguns pacientes no Hospital Infantil Albert Sabin, em Fortaleza.
Mas
a situação poderá se normalizar. O Dr. Amilcar de Sá Barreto, que faz parte
corpo técnico administrativo do Hospital São Vicente, adiantou, em entrevista
ao Badalo, que provavelmente já em março do ano que vem o serviço seja
normalizado e, aos poucos, os pacientes redirecionados a capital voltem a
região para prosseguir com o tratamento em casa.
Justificando
o porquê da suspensão, Amilca diz que o serviço de Oncologia do país é regulado
pela Portaria nº 140 da Secretaria de Atenção à Saúde, vinculada ao Ministério
da Saúde. Ela fornece todos os parâmetros para o funcionamento das unidades que
tratam o paciente oncológico, tanto a adulto quanto infantil.
No
entanto, não estava tendo o atendimento completo nos parâmetros desta portaria,
encerrando momentaneamente o serviço e procurando atender as exigências desta.
O gestor afirma:
“Entre essas exigências estavam o ambiente onde se aplica a
quimioterapia em crianças. Os dois espaços que existiam não se resumiam apenas
ao tratamento, pois quando aumentava o numero de pacientes também era usada
como internação, onde fugia a norma da portaria do Ministério da Saúde, tendo
que suspender o tratamento dos pacientes”.
Almica
disse que está sendo negociado a vinda de uma médica, vinculada ao Instituto de
Medicina Integral Professor Fernando Figueira (IMIP), no Recife, sendo que ela
está concluindo sua residência médica na instituição e possui interesse em
assumir o setor de oncologia pediátrica do hospital barbalhense, que deve
ganhar estrutura exclusiva para receber as crianças em tratamento e deverá
contar com a atuação da profissional em dois dias da semana, que segundo ele,
poderão ser às quartas e quintas-feiras, já em março de 2019.
Diagnóstico
do câncer
De
acordo com o Ministério da Saúde, o câncer infantil corresponde a um grupo de
várias doenças que têm em comum a proliferação descontrolada de células
anormais e que pode ocorrer em qualquer local do organismo. Os tumores mais
frequentes na infância e na adolescência são as leucemias (que afeta os
glóbulos brancos), os do sistema nervoso central e linfomas (sistema
linfático).
Também
acometem crianças e adolescentes o neuroblastoma (tumor de células do sistema
nervoso periférico, frequentemente de localização abdominal), tumor de Wilms
(tipo de tumor renal), retinoblastoma (afeta a retina, fundo do olho), tumor
germinativo (das células que vão dar origem aos ovários ou aos testículos),
osteossarcoma (tumor ósseo) e sarcomas (tumores de partes moles).
Assim
como em países desenvolvidos, no Brasil, o câncer já representa a primeira
causa de morte (8% do total) por doença entre crianças e adolescentes de 1 a 19
anos. Estima-se que ocorrerão cerca de 12.600 casos novos de câncer em crianças
e adolescentes no Brasil em 2017.
A
data foi instituída com os seguintes objetivos:
Estimular
ações educativas e preventivas relacionadas ao câncer infantil;
Promover
debates e outros eventos sobre as políticas públicas de atenção integral às
crianças com câncer;
Apoiar
as atividades organizadas e desenvolvidas pela sociedade civil em prol das
crianças com câncer;
Difundir
os avanços técnico-científicos relacionados ao câncer infantil;
Apoiar
as crianças com câncer e seus familiares. Site Badalo
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