O Spazio Bezerra
de Menezes possui duas torres
de 95 m e teve o investimento de R$ 55 milhões
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A
cidade de Juazeiro do Norte, na região do Cariri, parece superar a crise
econômica enfrentada pelo País, pelo menos no tocante ao setor imobiliário. A
procura por imóveis e aluguéis vem, há muito, dando sinais de que a cidade
retomou os investimentos, apostando em todos os segmentos da construção civil.
Para
o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado do Ceará
(Sinduscon-CE), André Montenegro de Holanda, o aquecimento em torno dos
negócios em Juazeiro é impulsionado, dentre outros fatores, pela localização da
cidade. "O Município de Juazeiro do Norte está muito bem localizado. Fica
próximo às divisas com outros estados nordestinos, casos de Pernambuco, Paraíba
e Piauí, além das demais cidades da região. Isso sem falar de outros aspectos
altamente positivos: é um polo universitário reconhecido, sem citar outras
atividades importantes, como a da cerâmica, por exemplo".
Foi-se
o tempo em que a cidade vivia apenas do turismo religioso em torno da figura do
seu fundador, o Padre Cícero. É verdade que a religiosidade só tem aumentado e
contribuiu para atrair outros investimentos para a cidade.
Apesar
de ficar 491 quilômetros distante de Fortaleza, Juazeiro não se ressente da
distância. "É totalmente independente da Capital. Tudo pode ser resolvido
por lá mesmo. Você encontra um comércio forte, bancos, aeroporto, instituições
de toda natureza; enfim, quem vive por lá sabe que mora numa cidade que lhe
oferece todos os serviços", aponta André. Conforme estimativa do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2017, Juazeiro tem a terceira
maior população do Estado, sendo superada apenas por Fortaleza e Caucaia. São
cerca de 270 mil habitantes.
'Trata-se
de um mercado muito forte e ao mesmo tempo promissor, um grande entreposto
comercial. Quando estávamos no meio dessa recessão, o mercado de lá já estava
reagindo, à frente dos demais. É um mercado pujantente. Fortaleza, por exemplo,
já dá sinais de reação. Entretanto, em Juazeiro isso aconteceu bem antes".
Em relação ao setor da construção civil, André revelou que, somente na chamada
faixa 1, onde se situa a maior parte dos imóveis do Programa Minha Casa, estão
sendo investidos cerca de R$ 250 milhões.
"Existem
construtoras de grande, médio e pequeno porte. Quem der uma volta na cidade vai
ver que há imóveis de todos os tipos sendo construídos, desde os do mais alto
luxo aos populares. Enfim, tem opção para todos os gostos e preferências".
O mais
difícil já passou
Para
o coordenador do Conselho Regional de Corretores de Imóveis (Crece-CE) de
Juazeiro do Norte e Região, Oswaldo Monteiro, a época mais difícil já passou.
"A instabilidade nas vendas é coisa do passado. Há mais ou menos um ano,
aconteceu a recuperação. É bem verdade que não é a mesma coisa de há quatro
anos, quando vendíamos imóveis como se fossem eletrodomésticos. Foi uma época
impressionante. As vendas eram desenfreadas", afirma.
Oswaldo
aposta numa recuperação completa em 2019. "As perspectivas são boas.
Entrará um novo governo que vai querer fazer de tudo para o País caminhar. Em
Juazeiro, não vai ser diferente. Quando você constrói um imóvel movimenta toda
uma cadeia produtiva. São empregos diretos e indiretos, insumos como tinta,
telha, tijolo, cimento, prego, madeira, uma infinidade de coisas",
destaca.
O prédio
mais alto
Nesta
terça-feira (27), a cidade ganhará o mais alto edifício residencial do Interior
do Ceará, com 95 metros de altura. O Spazio Bezerra de Menezes terá duas torres
e propiciará aos seus moradores uma vista inigualável para a Chapada do
Araripe. O fundador da AeB Engenharia e um dos idealizadores do Spazio,
Aristarco Sobreira, contou que a obra já está concluída. Foram investidos R$ 55
milhões para tornar o Spazio uma realidade.
"São
duas torres com 25 pavimentos, cada; dois apartamentos por andar, totalizando
100 unidades. Poderíamos ter optado por construir quatro apartamentos por
andar, mas não conseguiríamos, dessa forma, preservar a privacidade dos nossos
clientes".
O
Spazio foi soerguido no bairro Lagoa Seca, o mais valorizado da cidade.
"Foi estrategicamente construído. Os prédios estão de frente para o
nascente, de onde vem a ventilação, numa esquina que chamamos de sol
nascente". O Lagoa Seca, conforme o engenheiro, pode ser comparado ao
bairro Aldeota de Fortaleza. "Além do mais, está se notabilizando como um
polo gastronômico. Você sai do edifício a pé e logo encontra os principais
bares e restaurantes de Juazeiro do Norte".
Imóvel
na planta
Aristarco
Sobreira destaca que uma das preocupações foi atender a todas as necessidades
dos compradores. "As pessoas têm necessidades diferente. Existem aqueles
que desejam ter uma empregada em casa. Há aqueles casais que moram sozinhos,
pois os filhos casaram e foram embora. Assim, fizemos um projeto que a gente
chama de alfaiataria, customizável. Na hora de comprar o imóvel na planta, você
escolhe aquela alternativa que melhor lhe atende".
Segundo
Aristarco, "isso foi muito exercido pelos clientes, o que nos deixou
bastante satisfeito. Nós temos cinco tipologias, desde a possibilidade de
juntar dois apartamentos num só, totalizando 200 metros quadrados de área
privativa, caso em que o cliente ocupa o andar inteiro, além de quatro outras
variações".
Até
o sexto andar, o Spazio tem 110 m², do 7º ao 25º, 100mº. Das cem unidades, 80
já foram comercializadas. "É um percentual notável. Numa época bem
difícil, com recessão grande. O fato de termos Adauto Bezerra (ex-governador do
Estado) como um dos sócios do empreendimento, certamente contribuiu para o
sucesso das vendas. Realmente foi um diferencial importantíssimo". Diário do Nordeste
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