quarta-feira, 21 de novembro de 2018

Novo governo terá secretaria de privatizações


O futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, confirmou ontem a criação da Secretaria de Privatizações. A declaração foi feita na chegada ao Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) em Brasília, onde a equipe de transição está instalada.

Questionado se haverá aumento de impostos ou criação de novos, o ministro negou, mas confirmou a nova secretaria. "Vai ter Secretaria de Privatizações", disse. "Não vai ter aumento de imposto", complementou. Guedes participou de uma reunião no CCBB e o tema do encontro era "desestatização/privatização".

Sobre o governo do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), ontem, sem receber qualquer indicativo de interesse da equipe de transição em adaptar agora o Orçamento de 2019 à estrutura que será adotada pelo novo governo, a Comissão Mista de Orçamento (CMO) selou um acordo que vai dificultar ainda mais uma eventual alteração a pedido do grupo de Guedes.

A proposta fechada pelo colegiado restringe o prazo para a equipe de transição solicitar mudanças ao relator-geral, senador Waldemir Moka (MDB-MS), ao fim da votação dos relatórios setoriais, prevista para 28 de novembro (quarta-feira da semana que vem).

Na prática, esse prazo antes era de 6 de dezembro, quando está prevista a votação do relatório-geral na CMO, mas ainda haveria brechas para alteração no plenário até a apreciação final do Orçamento, estimada para 20 de dezembro.

Um ajuste agora do Orçamento seria importante para que o novo governo já inicie o próximo ano executando as despesas sob o novo arranjo de ministérios e órgãos que está sendo preparado pelo presidente eleito Jair Bolsonaro. Sem isso, a nova equipe econômica pode enfrentar problemas para executar alguns gastos, atrapalhando o funcionamento da máquina nos primeiros meses da gestão.

Moka, no entanto, ressaltou que sequer foi procurado pela equipe de transição para conversar sobre o assunto. "Não acredito que vão procurar. Certamente estão esperando... pessoal não tem muita ideia de governo, eu acho. Porque é esquisito (eles ficarem) anunciando fusão (de ministérios) e nós estarmos fazendo um relatório sob a estrutura atual. Agora, se não tiver previsto no Orçamento essas fusões, eles vão levar o ano inteiro Ou eles estão fazendo propositadamente, ou é um desconhecimento", afirmou.   Agência Estado

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