O
futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, confirmou ontem a criação da
Secretaria de Privatizações. A declaração foi feita na chegada ao Centro
Cultural Banco do Brasil (CCBB) em Brasília, onde a equipe de transição está
instalada.
Questionado
se haverá aumento de impostos ou criação de novos, o ministro negou, mas
confirmou a nova secretaria. "Vai ter Secretaria de Privatizações",
disse. "Não vai ter aumento de imposto", complementou. Guedes
participou de uma reunião no CCBB e o tema do encontro era "desestatização/privatização".
Sobre
o governo do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), ontem, sem receber
qualquer indicativo de interesse da equipe de transição em adaptar agora o
Orçamento de 2019 à estrutura que será adotada pelo novo governo, a Comissão
Mista de Orçamento (CMO) selou um acordo que vai dificultar ainda mais uma
eventual alteração a pedido do grupo de Guedes.
A
proposta fechada pelo colegiado restringe o prazo para a equipe de transição
solicitar mudanças ao relator-geral, senador Waldemir Moka (MDB-MS), ao fim da
votação dos relatórios setoriais, prevista para 28 de novembro (quarta-feira da
semana que vem).
Na
prática, esse prazo antes era de 6 de dezembro, quando está prevista a votação
do relatório-geral na CMO, mas ainda haveria brechas para alteração no plenário
até a apreciação final do Orçamento, estimada para 20 de dezembro.
Um
ajuste agora do Orçamento seria importante para que o novo governo já inicie o
próximo ano executando as despesas sob o novo arranjo de ministérios e órgãos
que está sendo preparado pelo presidente eleito Jair Bolsonaro. Sem isso, a
nova equipe econômica pode enfrentar problemas para executar alguns gastos,
atrapalhando o funcionamento da máquina nos primeiros meses da gestão.
Moka,
no entanto, ressaltou que sequer foi procurado pela equipe de transição para
conversar sobre o assunto. "Não acredito que vão procurar. Certamente
estão esperando... pessoal não tem muita ideia de governo, eu acho. Porque é
esquisito (eles ficarem) anunciando fusão (de ministérios) e nós estarmos
fazendo um relatório sob a estrutura atual. Agora, se não tiver previsto no
Orçamento essas fusões, eles vão levar o ano inteiro Ou eles estão fazendo
propositadamente, ou é um desconhecimento", afirmou. Agência Estado
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