Incêndio atingiu a reserva de Mata Atlântica Boca
da Mata, em Ceará-Mirim. (Foto: G1) |
O
mês de outubro de 2018 fechou com o maior número de focos ativos de queimadas
no Ceará. Os dados são do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) por
meio de monitoramento do satélite AQUA.
Segundo
o Inpe, somente em outubro foram contabilizados 5.684 focos de queimadas. No
mês de setembro tivemos 4.517 focos. Em termos regionais, o estado fica atrás
no mês de outubro apenas para os estados do Maranhão (43.592), Piauí (27.373) e
Bahia (23.409).
O
município cearense que mais registrou queimadas foi Cariús, Região Centro-Sul
do Estado, com 247 focos. Em seguida aparecem Icó com 195 focos, Boa Viagem
(172), Nova Russas (170), Aurora (158), Crateús (151), Acopiara (141), Canindé
(133), Jucás (133) e Caucaia (102).
Tempo
quente e seco em outubro
De
acordo com o supervisor da Unidade de Tempo e Clima da Fundação Cearense de
Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), Raul Fritz, o forte calor e a baixa
umidade nesta época do ano é comum nesta época, já que não há chuvas. E o risco
de queimadas aumentam.
“É
esperado, pois não há chuvas. No momento temos poucas nuvens e também pouca
nebulosidade. E sem as chuvas a umidade também cai consideravelmente. As
queimadas neste caso surgem com maior frequência, já que alguns agricultores
costumam queimar o terreno para preparar o terreno para futuras plantações”,
explica.
O
supervisor da Funceme alerta também para baixa umidade que em algumas cidades
está na casa dos 12% e 20%. “No município de Iguatu registramos umidade 12% e
no Crato 14%. Valores preocupantes e que merecem cuidados”, disse.
A
Organização Mundial da Saúde (OMS) considera estado de observação os níveis de
40% a 31% da umidade relativa do ar. Quando ela atinge índices abaixo dos 30%,
há estado de atenção. Se a umidade atingir níveis entre 20% e 12%, ocorre o
estado de alerta.
Prevenção
Para
evitar os danos à saúde, é recomendado proteger a cabeça contra o sol e usar
chapéu, roupas leves, calçados confortáveis constituem algumas recomendações
importantes.
Os
médicos também pedem moderação com os exercícios físicos, principalmente nas
horas de sol mais forte, pois a seca reduz a capacidade do corpo para a prática
de atividades.
Os
portadores de doenças respiratórias precisam privilegiar ambientes arejados e
devem tomar sol nos horários em que os raios estejam mais fracos - antes das
10h e depois das 16h. G1 CE
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