O
entorno do presbitério da Basílica Santuário de Nossa Senhora das Dores ficou
tomado dos romeiros de vários estados do Brasil que, com o chapéu na mão e o
coração apertado pela dor da saudade, se despediram de Juazeiro do Norte, ao
meio dia desta sexta-feira, 02 de novembro, na tradicional Bênção do Chapéu e
Despedida dos Romeiros.
A
programação contou com a presença do bispo da Diocese de Crato, dom Gilberto
Pastana, o bispo auxiliar de Fortaleza, dom Rosalvo Cordeiro, o bispo emérito
de Petrolina, dom Paulo Cardoso e o pároco/reitor da Basílica Santuário, padre
Cícero José da Silva e o padre Francisco Otaviano, da Diocese de Quixadá.
Os
romeiros convidados pelo padre Cícero José, conduzidos pela voz forte da Irmã
Annette Dumolin, cantaram, em homenagem a Nossa Senhora das Dores, a canção
‘Ave Maria Sertaneja’, como sinal de confiança em sua intercessão materna.
Dom
Gilberto Pastana cumprimentou os bispos e padres e se direcionou aos romeiros
que lotavam na Basílica Santuário. Em sua fala, frisou o lema da Romaria deste
ano, retirado do Evangelho de Mateus, colocando que o romeiro deve, a partir de
todos os momentos de espiritualidade vividos na terra de Juazeiro do Norte, ser
sal e luz na vida de outras pessoas.
“Desejo
que vocês tenham vivenciado momentos de espiritualidade e possam retornar para
casa cheios dessa espiritualidade. Refletimos o tema ‘Família Romeira da Mãe
das Dores e do Padre Cícero a caminho do Reino’. Quantos de vocês expressaram o
sentimento e o desejo de vivenciar a vontade de Deus de ser Sal e Luz. O sal só
tem sentido quando se tempera para dar sabor. Agora uma beleza do sal é que
para temperar ele tem que desaparecer enquanto objeto sólido. Não se vê, mas se
sente. Assim deve ser a nossa vida. Romeiro e romeira do Padre Cícero e da Mãe
das Dores vocês devem temperar a sua família, a sua comunidade fazendo as
coisas de modo que Deus apareça em sua vida. Assim também são as velas, para
produzirem a luz elas precisam se consumir. Que vocês sejam assim, iluminem com
a luz do Senhor quem estiver ao seu redor”, enfatizou.
Dom
Gilberto ainda recordou a memória dos fiéis defuntos, que pela fé e esperança
no Senhor da vida, passaram para a vida eterna e agradeceu a presença e
testemunho dos romeiros. “Obrigado pelos momentos de oração e reflexão.
Obrigado pelo testemunho de vida fraterna. Muito obrigado pela presença de cada
um e voltem sempre”, finalizou.
Público
Durante
a despedida, dom Gilberto Pastana apresentou a estimativa dos números de
romeiros, que registraram a sua passagem junto à Basílica Nossa Senhora das
Dores durante a Romaria de Finados. O maior número de romeiros corresponde ao
Estado de Pernambuco, com 5.513 peregrinos, seguido de Sergipe com 2646;
Alagoas com 1.062; Bahia com 550; Paraíba 467; Rio Grande do Norte com 414; Maranhão
com 261; Piauí com 136 e Ceará com 44, totalizando 11.093 romeiros da Mãe das
Dores e do Padre Cícero Romão.
Romaria
A
Romaria de Finados, que teve início a quilômetros de distância nos lares de
cada peregrino, tem um sentido muito especial, reviver a memória do Padre
Cícero Romão Batista e homenagear entes queridos que alcançaram a vida eterna.
Ao
longo dos cinco dias de programação milhares de féis visitaram os locais
sagrados da cidade de Juazeiro do Norte, de forma especial o túmulo do Padre
Cícero Romão, que está na Capela do Perpétuo Socorro.
Durante
o momento de peregrinação, os romeiros participaram das celebrações, do
sacramento da reconciliação e dos momentos contemplativo. Por:
Aline Salustiano
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