(Foto: Antônio Lacerda/ EFE) |
O
juiz federal Sergio Moro, que comanda as investigações da Operação Lava Jato,
aceitou nesta quinta-feira (1º) o convite do presidente eleito Jair Bolsonaro e
será o ministro da Justiça. O anúncio foi feito por Moro, em nota. “Após
reunião pessoal, na qual foram discutidas políticas para a pasta, aceitei o
honrado convite”, afirmou.
O
presidente eleito, Jair Bolsonaro, confirmou o nome de Moro no ministério. “Sua
agenda anticorrupção, anticrime organizado, bem como o respeito à Constituição
e às leis será o nosso norte”, escreveu o presidente eleito. Em suas redes
sociais, Bolsonaro anunciou a fusão das pastas da Justiça e da Segurança
Pública.
Sergio
Moro ficou cerca de uma hora e meia com o presidente eleito. Ao sair da
reunião, acenou para as pessoas que se aglomeravam em frente à casa, mas não
deu entrevista.
O
juiz lamentou abandonar 22 anos de magistratura. “No entanto, a perspectiva de
implementar uma forte agenda anticorrupção e anticrime organizado, com respeito
à Constituição, à lei e aos direitos, levaram-me a tomar esta decisão. Para
ele, na prática o cargo significa “consolidar os avanços contra o crime e a
corrupção e afastar riscos de retrocessos por um bem maior”.
Segundo
Moro, a Operação Lava Jato continuará em Curitiba. “Para evitar controvérsias
desnecessárias, devo, desde logo, afastar-me de novas audiências, acrescentou.
Natural
de Maringá (PR), Sergio Fernando Moro, além de magistrado é escritor e
professor universitário. Graduado em Direito pela Universidade Estadual de
Maringá, tem mestrado e doutorado pela Universidade Federal do Paraná. É juiz
federal desde 1996, com especialização em crimes financeiros.
No
julgamento do mensalão, Moro auxiliou a ministra Rosa Weber, no Supremo
Tribunal Federal (STF).
Veja a
íntegra da nota divulgada por Sergio Moro:
“Fui
convidado pelo Sr. presidente eleito para ser nomeado ministro da Justiça e da
Segurança Pública na próxima gestão. Apos reunião pessoal, na qual foram
discutidas politicas para a pasta, aceitei o honrado convite. Fiz com certo
pesar, pois terei que abandonar 22 anos de magistratura. No entanto, a
perspectiva de implementar uma forte agenda anticorrupção e anticrime
organizado, com respeito à Constituição, à lei e aos direitos, levaram-me a
tomar esta decisão. Na prática, significa consolidar os avanços contra o crime
e a corrupção dos últimos anos e afastar riscos de retrocessos por um bem
maior. A Operação Lava Jato seguirá em Curitiba, com os valorosos juízes
locais. De todo modo, para evitar controvérsias desnecessárias, devo desde logo
afastar-me de novas audiências. Na próxima semana, concederei entrevista
coletiva com maiores detalhes”.
Agência Brasil
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