(Foto: Tomaz Silva)
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O
presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), criticou hoje (1º) a forma como
europeus defendem o meio ambiente e os indígenas. Segundo ele, sua preocupação
é garantir apoio à ciência e à proteção ambiental, assim como à integração dos
povos indígenas à sociedade, oferecendo as mesmas oportunidades dadas aos
demais cidadãos.
“Eu
acredito na ciência e ponto final. Mas o que a Europa fez para manter as suas
florestas e as suas matas ciliares? E querem dar palpite aqui?”, afirmou
Bolsonaro, em Resende (RJ), após cerimônia de formatura de aspirantes a oficial
na Academia Militar das Agulhas Negras (Aman), que se formou na mesma
instituição há 41 anos.
“Cada
vez que um governo do passado saía para fora do Brasil, ele recebia de forma
passiva e servil pressões por demarcações de terras indígenas. Eu quero o bem
estar do índio. Quero integrá-lo à sociedade. O nosso projeto é fazê-lo igual a
nós. Eles têm as mesmas necessidades. Ele quer médico, dentista, televisão,
internet", disse o futuro presidente.
Bolsonaro
disse ainda que falta apoio concreto para as políticas em favor dos indígenas e
do meio ambiente no país: "Eu fui, nas minhas andanças, ao Acre e à
Rondônia. Em torno de 20% apenas dessas áreas podem ser usadas em benefício da
população local. E 80% não. Isso está errado."
Em
Resende, o presidente eleito estava acompanhado do vice-presidente Hamilton
Mourão; do general Fernando Azevedo e Silva, confirmado para o Ministério
da Defesa; do general Augusto Heleno, que assumirá o Gabinete de
Segurança Institucional; do ministro extraordinário da transição, Onyx
Lorenzoni, que comandará a Casa Civil; e do governador eleito no Rio de
Janeiro, Wilson Witzel (PSC).
Meio
Ambiente
Questionado
sobre o nome que comandará o Ministério do Meio Meio Ambiente, Bolsonaro
indicou que ainda está inclinado em favor do agrônomo Xico Graziano, que foi do
governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e no passado pertenceu aos
quadros do PSDB.
Graziano
também foi secretário de Meio Ambiente de São Paulo. Ontem, Bolsonaro havia dito que há “meia dúzia” de nomes
sendo avaliados para o Ministério do Meio Ambiente.
Multas
O
presidente eleito reiterou que vai combater o que classifica como
"indústria da multa ambiental". Ele disse que não permitirá que o
Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
(Ibama) e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio)
fixem multas "a torto e a direito".
"Eu
mesmo fui multado. Se não me engano em 2012. Foram R$10 mil reais. O processo
foi levando avante, foi arquivado no Supremo Tribunal Federal, mas o Ibama
levou a multa para frente. Estou na iminência de entrar na dívida ativa. Vou
pagar essa multa, mas sou a prova viva do descaso, da parcialidade e do péssimo
trabalho prestado por alguns fiscais do Ibama e do ICMBio. Isso vai
acabar." Agência Brasil
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