A
cinco dias para o final de 2019, a reserva hídrica do Ceará conta com 2,03
bilhões de metros cúbicos de água, o que corresponde a 10,9% da capacidade
total de abastecimento. Conforme resenha diária disponibilizada no Portal
Hidrológico, nenhum açude está sangrando e apenas dois estão com volume acima
de 90%: Germinal e Jenipapo. Dos 155 açudes monitorados, 101 estão com volume
abaixo de 30%, 26 em volume morto e 16 secos.
Os
reservatórios do extremo norte do Estado estão em melhor situação. As bacias do
Coreaú e do Litoral estão com 64,9% e 59% da capacidade, respectivamente. No
outro extremo no cenário de abastecimento hídrico, as bacias do Banabuiú
(7,0%), Alto Jaguaribe (6,3%), Sertão de Crateús (6,0%) e Médio Jaguaribe
(4,9%) preocupam.
O
Castanhão, localizado no Médio Jaguaribe e principal açude de abastecimento da
Região Metropolitana de Fortaleza, está com 4,38% da capacidade total.
Em
2018, o aporte nos reservatórios foi de 2,37 bilhões de metros cúbicos. Isso
foi possibilitado pelas chuvas em torno da média na quadra chuvosa (fevereiro,
março, abril e maio) deste ano. O Ceará registrou uma média de 600,5 milímetros
(mm).
As
precipitações da pré-estação, apesar de não implicarem diretamente em uma boa
quadra no próximo ano, tem sido positivas. O mês de Novembro foi o mais chuvoso
desde 1979. Já dezembro registrou as maiores chuvas dos últimos oito anos, pelo
menos. Até agora, o mês registrou precipitações médias de 105.9 milímetros no
Estado. O número corresponde a um desvio de 234.9% acima da média histórica,
que é de 31.6 (mm).
Para
a quadra de 2019, já foi confirmado o El Niño - fenômeno associado a períodos
de estiagem e caracterizado pelo aumento da temperatura das águas do Oceano
Pacífico. Até agora, a tendência é de que o fenômeno seja de intensidade fraca
a moderada. O Povo
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